quinta-feira, julho 30, 2009

Viva o gordo

Dia desses uma amigona minha estava comentando, revoltada, a proteção que todo o mundo dá ao Ronalducho, aquele fenômeno. Tudo bem o cara joga um bolão, mas não é por isso que as pessoas são obrigadas a aceitar a redoma que estão pondo em volta do cara.

Primeiro, a mídia cobriu até a exaustão o caso dele com o travesti. Fofômeno estava sem time, gordo como nunca, meio desacreditado, caíram matando. Mas aí o Corinthians o contratou e tudo mudou. Ele foi do inferno ao céu. O travesti morreu de AIDS e a imprensa mal tocou no assunto. Destrincharam a sigla – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – para o povão não saber do que se tratava e ficou por isso mesmo.

Agora me deparo com a notícia de que ele se aproveitou da cirurgia que teve que fazer na mão após desabar em cima dela e fez uma lipo. A razão para a intervenção cirúrgica me matou de rir:

O nome científico para o problema de Ronaldo é lipodistrofia, que consiste no desenvolvimento irregular do tecido adiposo, ou seja, a popular gordura localizada. O processo é natural em homens com mais de 30 anos e, por conta da idade mais avançada, fica mais difícil de ser eliminado com dietas e condicionamento físico. Exatamente o caso do Fenômeno.(fonte: site G1)

Nome científico? Me poupe. O cara tinha um puta de um pneu, uma bóia, uma pochete, um bote na cintura! E o “problema” de Ronaldo, “natural em homens com mais de 30 anos”? Conheço um monte de gente – de gêneros e faixa etária variados – com o mesmo “problema”.

Mas, como diz o famoso Zina, no Pânico, “Ronaldo, brilha muito no Corinthians”.

terça-feira, julho 28, 2009

Trocando a capa

Dizem que não se pode julgar um livro pela capa. Neste caso, no entanto, julgo a mim, pois, o livro sou eu. E não estou nem um pouco satisfeita com o que tenho visto.

Sei que já disse isso antes, mas desta vez é sério. Hoje dei o segundo grande passo para melhorar minha vida. O primeiro, há três semanas, foi começar a malhar (valeu, F.!). E não é que eu estou gostando? Nem eu acredito. Até acordar cedo para malhar tem rolado. Muito de vez em quando, mas tem.

E hoje, às 6h45, levantei feliz, botei a roupa, catei o boné e fui para a rua. Correr. E olha que fui dormir às duas! Graças a R., professora/dona de academia/personal/empolgada/e gente boa pácaraca, que comprou minha idéia e topou a empreitada.

Vamos ver no que dá.

quarta-feira, julho 08, 2009

Cara rachada de vergonha

Primeira entrevista de emprego da vida. Estágio, na verdade, na assessoria de imprensa de um órgão do governo do DF. Murfy, que à época já me acompanhava, faz com que meu carro quebre lá na faculdade, em Taguatinga. Faz com que o reboque demore muito para chegar. Faz com que eu chegue atrasada e esbaforida à entrevista.

Meu “chefe” era conhecido devido ao fato de ter trabalhado na Rede Globo. Fiquei feliz em ver quem era porque tinha estudado com seu filho mais novo. Isso só podia contar a meu favor, caso o fato viesse à tona.

E veio, lógico. Não sei como, já no fim da conversa, falei onde tinha estudado e ele mencionou que seus filhos freqüentaram o mesmo local. Eu, bocuda de tudo, lembrei (convenientemente) que F. tinha sido meu colega. Educada, como mamãe ensinou, perguntei como F. estava.

“Chefe” engoliu seco. Seus olhos ficaram úmidos. Olhando para o chão, ele me informa que F. tinha falecido há algum tempo, vítima de um raro tipo de câncer.

Se alguém souber como se portar depois de um mega furo desses, me avise. Eu pedi pra morrer. Queria ser um avestruz e enfiar a cabeça no chão. Mas como não foi possível fazer nada disso, me desculpei e fui embora, arrasada, certa de que não tinha conseguido o estágio.

Mas, como sempre, deu tudo certo no final. E eu aprendi (ou não) a não falar sempre tudo que eu penso.

quarta-feira, julho 01, 2009

Tem uma hora que cansa...

Gente mal-educada;
que só reclama da vida;
que só sabe criticar;
que reprime os sorrisos;
que abusa da boa-vontade.

Ser cobrada a topar tudo;
falar quando quer calar;
trabalhar sem perspectiva;
procurar e não achar;
essa TPM maldita.

A falta de noção;
a falta de educação;
a falta de prioridades;
a falta de civilidade;
a falta da proximidade.

Tem uma hora que cansa,
a falta de intimidade.