sexta-feira, julho 27, 2007

Frase do dia



“A trepada da felicidade é sempre a que engravida”

Frase proferida por uma grande amiga durante conversa sobre mulheres que engravidam depois de transar para fazer as pazes com o parceiro

segunda-feira, julho 23, 2007

Coxas, para quê te quero?

Tarde de segunda-feira. Clima ameno, brisa suave. Próxima à piscina, me preparo para a terceira, última, e mais importante etapa do Projeto 31 (ou o que chamo carinhosamente de ‘minha operação tapa-buracos’): a massagem. Já voltei pra academia, já fui à nutricionista e, com a massagem, espero conseguir me livrar de muitas das malditas celulites que habitam meu corpo.

“Vou fazer uma massagem no rosto pra relaxar”, avisa Rosa, minha massagista. Percebo que o céu é logo ali. Cabeça e rosto relaxados, ela desce para os pés. Paraíso! Por que eu demorei tanto tempo para investir em mim, só o gerente do meu banco sabe. Mas, agora que posso arcar com tais despesas, sai de baixo.

Sai! Sai de baixo! Meu Deus, porque as coxas doem tanto??? Estava tudo muito bom para ser verdade. Depois de pés e batatas das pernas, chegou a vez das coxas, onde está a maior concentração de celulites que um corpo movido a Coca-Cola há quase 30 anos pode ter. “Gente, é muita dor! É muito sofrimento”, gritam internamente minhas coxas. A culpa é delas, lógico, que ficaram guardando celulites e gorduras como se fossem badulaques. “Tá doendo muito”? Acho que Rosa viu minhas caretas de dor. “Um pouco. Suportável”, disse eu, dando uma de durona e pensando na utilidade das coxas. Para quê temos duas?

Duas coxas, duas bundas (ou duas metades de uma bunda, que seja). O dobro de dor. Graças a Deus a barriga é uma só. Mas tudo dói.

Finalmente, costas e ombros, que não acumulam gordura. O famoso “bate e assopra”. Afinal, alguma coisa boa tem que ficar na memória para a próxima sessão.

sexta-feira, julho 20, 2007

Dia da Amizade

Escolhi meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer,
Mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metada velhice.
Crianças para que não esqueçam o valor do vento no rosto
E velhos para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos
Nunca me esquecerei que a normalidade é uma ilusão estéril

Autor desconhecido

terça-feira, julho 17, 2007

Desgosto ou complô?


Toda a imprensa nacional publicou a mesma história hoje: o ilustríssimo senhor Presidente da República ficou triste com as vais recebidas na abertura dos Jogos Pan-Americanos na sexta-feira e, claro, só há uma explicação para tamanho desrespeito: foi tudo armação. Na Folha de S. Paulo, Lula disse que, quando terminou o evento, "várias pessoas vieram dizer que tinha sido organizado, que gente tinha recebido convite".

Ah, me poupe!!! Pára tudo!!! É muita cara-de-pau acreditar que uma demonstração de desgosto da população brasileira, cansada de ser governada por uma pessoa tão tosca, tenha sido um complô do prefeito do Rio de Janeiro. Eu não recebi um tostão, não conheço o César Maia, moro em Brasília, e vaiei. Do sofá da minha casa, vaiei, aplaudi e morri de inveja de quem estava lá fazendo tudo ‘ao vivo’.

Ilustríssimo, baixa a tua bola. O senhor não é o presidente que pensa ser, ou que as pesquisas mentirosas de popularidade dizem que o senhor é. Não foi um complô da classe média e alta, que o odeia só porque o senhor é metalúrgico; não foi um plano infalível do prefeito do Rio (e se tiver sido, que bom que deu certo). Foi uma demonstração deliciosa de desgosto com o seu governo de mentiras, impunidade, corrupção e viagens internacionais. Foi, como disse Chatão Bueno, um exercício de democracia. Mil vezes “uuuuuuuu” para o senhor e para a corja de malditos que o cerca.

Relaxa, presidente, eu não tenho um plano. Meu protesto pára por aqui.

P.S.: Caros leitores, se eu sumir, ou for presa por desacato, me visitem e levem chocolates.

sexta-feira, julho 13, 2007

Minha vida sem bússola


“Você precisa sair para os lugares certos”.

De tanto ouvir essa famigerada frase, começo a convencer-me de que Brasília é uma ilha e eu sou uma personagem de LOST. Porque as pessoas me dão tanta certeza de que eu só vou para os lugares errados que estou pensando seriamente em comprar uma bússola, pendurá-la no pescoço e sair por aí pra ver se alguém me acha.

Minhas amigas que já encontraram o amor estão empenhadas em achar a metade da minha laranja. Não sei se é por pena ou se é para não perderem minha companhia – não saio com casais, de vela, nem por dinheiro – mas a tal missão impossível não dá certo, segundo algumas delas, porque eu não vou aos lugares certos.

Então peço a vocês, caros leitores, que me dêem indicações de lugares certos. Adianto que não suporto balada. Será por isso? Os lugares estão certos, a errada sou eu? Vai saber...


quarta-feira, julho 11, 2007

domingo, julho 08, 2007

Curiosidades de julho de 2007

Dia 2 foi segunda;
Dia 3, terça;
Dia 4, quarta;
Dia 5, quinta;
Dia 6, sexta; e
Dia 7, sábado.

Semana legal e cheia de coisas boas!

quinta-feira, julho 05, 2007

Casamento e patrimônio



Diálogo 1
− Ai, eu quero esse óculos!
− Ele é lindo mesmo, amiga.
− Eu sei. Já tive um e me roubaram, por isso quero outro.
− Então, leva. Passa o cartão.
− Tá doida? Não vou comprar agora. Vou em casa pegar o cartão do Rogério e passar no dele. Ele nem vê... Vou fazer igual ao que eu faço na Ortiga. Compro o que quero sem gastar um tostão do meu bolso.
− É, assim é melhor, mesmo.
− Aceita AMEX?

Diálogo 2
− Presente? Eu só peço jóias pro meu marido.
− Ah, eu também.
− Só pode me dar jóias. Afinal, nós mulheres temos que criar nosso patrimônio, não é?

Os diálogos acima não foram inventados, são reais. E provêm de mulheres que eu particularmente denomino “putas de família”. Classifico as mesmas como mulheres que fazem do casamento sua fonte de renda. Casam e pronto: nada de trabalho. Se trabalham, não gastam seu dinheiro, gastam o do marido, que quase sempre não percebe nada. O pior de tudo: as putas de família se orgulham disso.

Existem diferenciais, claro. Conheço uma história de uma mulher que ganha cerca de R$ 8 mil por mês de salário. Todo esse dinheiro ela usa para fazer compras. O marido cuida das contas e de todo o resto de necessidades da família e da casa. “Seu salário é para você, querida”.

Ter que andar na rua e ouvir essas barbáries me irrita até o último fio do meu cabelo. Como existe gente fútil no mundo, meu Deus! Pessoas que só falam de roupas, sapatos, acessórios e academia. Roriz renunciou? Renan está reinventando o “Dia do Fico”? Nada disso é interessante. Esse tipo de acontecimento não entra na pauta de conversas, é chato.

Viva a classe média.

terça-feira, julho 03, 2007

Crônicas do vôo 7466: a pirataria, o laptop e o urso

Depois de esperar por duas horas, finalmente embarquei no vôo que me levaria ao meu destino. “Férias, u-hu!” pensei eu, pela milésima vez.

Mas como nem tudo acontece como a gente quer, teve confusão na marcação de assentos e, com isso, recolocação de pessoas. Resultado: eu, que estava feliz e isolada na última fileira do avião, tive que dividir meu canto com um homem que parecia um urso. Além de grande e largo, roncava que era uma beleza. Durante as duas horas e meia de vôo! O urso só suspendeu a hibernação pra comer a barrinha de cereal...

Decidida a não me estressar, resolvi se concentrar no meu sono. Mas mal fechei os olhos, e o bebê da fileira ao lado começou a chorar. Claro. It’s my life. Culpa minha, que levei um livro fino que li durante a espera pelo vôo.

Sem ter para onde ir, eis que se acende uma luz no fim do túnel. Ou melhor, na fileira da frente. Um inspirado (e fofo) moço ligou seu laptop. “Vai jogar paciência”, pensei. Tolinha! Ele começou a ver Homem-Aranha 3. Legendado!

Usando a cara-de-pau que Deus me deu, estiquei o pescoço e comecei a ver o filme. O moço me pegou no flagra, claro. “Tô roubando seu filme”, falei, certa de que ia ter que pagar ingresso. “Quer que aumente o volume?”, ele disse.

E lá ficamos nós: o moço fofo, o DVD pirata, o laptop e o urso dorminhoco. Pena que não tinha pipoca.