quarta-feira, novembro 19, 2008

Clichês reais


Escrevo correndo o risco de sofrer represálias. Mas, a vida é feita de riscos, prefiro corrê-los a correr deles. E essa coragem, infelizmente, só me acompanha há pouco tempo.

Pois bem. Dizem (com sotaque baiano, como conheci com uma amiga) que todo japonês adora foto. Sempre achei essa afirmativa um clichê barato, uma generalização besta, uma caricatura da verdade. Mas, hoje, não penso mais assim.

Trabalho para um clichê humano: filho de chinês com japonês, casado com uma coreana. E, como assessora de imprensa, preciso tirar fotos do tal. Mas nunca antes na história da minha vida me imaginei como a fotógrafa que sou forçada a ser diariamente. Sim, porque mais que jornalista, virei um tripé. Sempre com uma máquina pendurada no pescoço, uma bolsa gigante no ombro, e asas nos pés, correndo atrás de uma pessoa com um ego tão grande quanto a cabeça. E pensem numa cabeça!

É foto de tudo. Sim, t-u-d-o. Imaginem aquela cena de filme de comédia barato, em que sempre aparece um grupo de japoneses tirando foto de um fato bizarro. Este grupo soy yo. Meu “modelo” é o fato bizarro. São 30, 40 fotos por dia. Teve um dia que tirei mais de cem. Surreal.

Se esse clichê é real, imagino: será real o fato de que japonês realmente tem p...o pequeno? Esse eu não vou querer descobrir.

sexta-feira, novembro 14, 2008

Passa ou não passa?

Mais uma história de elevador, mas meu novo/antigo emprego me faz conviver com eles, agora, diariamente.

Pois bem, inventaram uma maneira nada discreta de avisar se você, usuário de elevador, passa ou não passa no teste da carga máxima. Uma sineta nada discreta apita quando aquele último indivíduo insiste em se apertar às outras 15 pessoas socadas na caixa metálica. Se a buzina tocar, você está reprovado.

O pior não é o medinho que dá de a buzina tocar com você. O que me dá mais raiva é quando o cara entra, a sineta berra, e o mané fica olhando pra cima, como se aquele barulho insuportável estivesse anunciando a chegada das bestas do apocalipse. Aí vem o (a) ascensorista e diz: “alguém tem que sair, passou do limite”. E o mané, o que faz? Olha pra todo mundo, como se coubesse a ele escolher quem será a vítima. Porque ele, o da pança, não arreda o pé. Preguiça!

Dia desses entrou na minha frente (claro, como não?) um Papai Noel dos trópicos. Tão gordo quanto, um bigode gigante, um sorriso bonachão. A sineta tocou, ele saiu e voltou. A sineta não tocou de novo. Então, tá tudo bem, né?

Não, Seu Barriga, não está tudo bem. Assim que a porta fechou e o elevador começou a subir, a sineta disparou. Segundo, terceiro, quarto, quinto, a sineta tocando e o gordinho com aquela cara de imbecil, aquele sorriso sem-graça, olhando pra todos como se pedisse desculpas. E eu desesperada, achando que ia morrer por causa daquela orca gigante.

Cheguei viva, saí batida do elevador e agradeci a Deus. Mas agora, por via das dúvidas, só ando de escada.

terça-feira, novembro 04, 2008

Desanuviando



Tenho escrito muitos textos sérios nas últimas semanas. Sobre assuntos que não domino tanto e que me exigem, portanto, pesquisa e muita, muita leitura. Cansei. Meu cérebro está estafado de falar sério. Então, este texto é como uma terapia.

Resolvi comentar alguns absurdos que li na internet no pouco tempo livre que tive. Esse me fez morrer de rir. “Paris Hilton: 'Todos os caras com quem saí me usaram para sexo e dinheiro”. JURA??? Ela queria ser admirada pela sua extrema inteligência? Por favor, a pessoa ganha a vida fazendo nada e quer respeito e homens interessantes ao invés de interesseiros. Faz-me rir.

Mais um pra lista de mães e traumas: “Wonarllevyston, aos 13 anos, consegue mudar nome na Justiça de MS”. O nome todo? Wonarllevyston Garlan Marllon Branddon Bruno Paullynelly Mell (e outros três sobrenomes). O pior é que ele mudou só o sobrenome. Continuou Wonarllevyston. E ele tem uma prima que se chama Linda Blue Junia Sharon Mell Melina Marla Cyndi (e mais quatro sobrenomes).
Tem também a do boneco de Lego gigante que apareceu em uma praia britânica, e a do cara que foi detido por fazer sexo com um aspirador (ui!). Mas a melhor de todas foi essa: “Aos 105 anos, virgem mais velha do mundo diz que sexo envelhece”. Só tenho 31. Quem sou eu pra discutir?


Alô, Dercy, eu ainda tô aqui!