terça-feira, outubro 30, 2007

365 dias


Hoje o blogoso faz um ano, aêêêêêêêêê!!!

Gostaria de agradecer a todos aqueles que me visitaram durante este período. Que dividiram comigo risadas, lágrimas, opiniões...

Obrigada pelas visitas, pelos comentários e pelo apoio para que eu não pare de escrever.

Valeu, gente!

sexta-feira, outubro 26, 2007

Investimentos

Entro na reta final dos meus 30 anos, pelo menos em um aspecto, como sempre vivi: praticamente quebrada financeiramente. Todo mês que acho que vai sobrar algo para a poupança, aparece uma coisa pra resolver. Mês que vem terei que trocar os pneus do carro que, segundo meu padrasto, estão ficando carecas. Saco.

Não sei e não consigo guardar dinheiro. E tenho grande parcela de culpa nisso, porque se eu tenho algum e vejo algo que me lembra alguém, pumba!, presenteio mesmo. Sei que não sou o Papai Noel e nem o Bill Gates (nem a Madre Teresa, como brinca uma amiga minha). Apenas alguns seres do meu círculo têm esse privilégio.

E existem gastos que valem muito a pena, independentemente do momento financeiro. Fazer um esforço para realizar desejos é recompensador. Ninguém nunca vai me tirar as coisas boas que vivi quando fui a Buenos Aires, meu primeiro espetáculo do Cirque du Soleil, o meu conforto por poder ter aparelhos de TV e DVD no meu quarto, as risadas que dou revendo meus “boxes” com minhas séries prediletas, o prazer que sinto em ouvir meus CDs originais. Desperdício? Pode ser. Mas, nunca se sabe o dia de amanhã. E caixão não tem gaveta. Ou tem?

terça-feira, outubro 23, 2007

Selva de Pedra

Que eu adoro criança, todo mundo sabe. E foi esse um dos motivos que me fez acordar às 6h30 da manhã no feriado do dia 12 para me enfiar na fazenda de um amigo meu, com um grupo de amigos e mais 65 crianças da minha igreja. E o que parecia ser um mega-programa-de-índio-com-cotação-mil-machadinhas, foi muito legal.

A Fazenda Ercoara é uma fazenda de criação de ovelhas. Aproveitamos o local para mostrar às crianças os animais que muitas delas nunca tinham visto. Gente, que experiência ótima! Levamos às crianças ao aprisco onde ficavam os cabritinhos e a expressão do rosto delas pegando aqueles bichinhos no colo e tirando foto valeu todo o sono e o calor que eu estava sentindo. Em um mundo onde as crianças já nascem cercadas de tecnologia e são fotografadas ainda na maternidade, ter a oportunidade de conviver com ovelhas no meio do mato foi sensacional para elas. E vê-los absorver aquele monte de coisas foi especial pra mim. Fiquei pensando que eu não tive essa oportunidade quando pequena e espero que meus filhos/sobrinhos possam sair um pouco dessa vida urbana que a gente leva e ter suas próprias experiências.

Sem contar que as crianças são engraçadas demais! Tinha um de três anos – haja confiança desses pais em nós, “tios” – que foi pronto pra tudo: levou repelente, roupa camuflada, pomada para picadas de bicho. “Tem que passar imediatamente se alguma coisa me picar”, disse ele. Outra, que deve ter uns 4 anos, levou biquíni, sundown, toalha e roupa pra trocar. Na hora de se molhar, pegou tudo na mochila. “Tia, trouxe tudo que precisa!”. Sem esquecer da máquina digital. Isso é que são crianças bem treinadas.

sábado, outubro 13, 2007

Bum!

Aprendi hoje: cabelos brancos são conseqüência de perda de energia vital.

E como você perde energia vital?

Tendo filhos e tendo sexo.

Conclusão:

Eu sou uma bomba atômica.

quinta-feira, outubro 11, 2007

Sentimento de pertencer

Há três anos atrás, tive depressão. Leve, segundo minha médica - e Deus me livre de conhecer a pesada -, mas tive. Devido ao meu estado de espírito – que era conseqüência do meu ’insucesso’ na carreira -, passei a sentir ojeriza pela minha profissão. A palavra “jornalismo” me causava arrepios e enjôo. De verdade. Era uma sensação esquisitíssima.

Vendi meu carro, me matriculei em um curso de inglês em Londres e comecei a me preparar para sumir daqui e deixar para trás tudo de ruim que a vida estava me oferecendo. Mas a vida tinha outros planos para mim, e nesses casos querer não é poder. Só sei que de repente, na caverna aonde tinha em enfiado, surgiu uma luzinha de esperança, de que tudo ia ficar bem. No meio do meu caminho tinha um holofote... E uma força pra levantar a cabeça e seguir em frente que Deus só tinha me dado uma vez, depois que meu pai morreu. Pois aí estava Ele de novo, me ajudando como sempre. Só faltava que eu enxergasse isso.

Fiquei. Recuperei o dinheiro da viagem. Arrumei emprego mesmo me sentindo muito insegura. Mas era a hora de provar para mim – e só para mim – que eu era capaz de vencer aqueles sentimentos ruins que tinham tomado conta de mim por tanto tempo.

Prova disso é que hoje trabalho em dois lugares. Tudo bem que em um deles rola um esquema de freela. Tudo vale. Enfim, neste lugar existe muita burocracia. Todo mundo tem crachá, um de cada cor para cada função. Apesar de estar lá há quase 5 meses, até esta semana eu andava por lá apenas com a minha cara-de-pau. Mas tudo mudou. Recebi meu crachá e, de quebra, permissão para usar o estacionamento dos funcionários. “Agora você é gente”, brincou uma amiga minha que trabalha no mesmo local. Mal sabe ela que esse foi, para mim, um dos melhores sentimentos. Depois de tudo o que já me aconteceu, é muito bom ter esse sentimento de pertencer.

sábado, outubro 06, 2007

Pergunta sem resposta




Você já parou para pensar qual a sua função neste planeta azul e verde e redondo que você habita? Eu já. Várias vezes. Acho que penso nisso há 30 anos, e até hoje não encontrei uma resposta que me dê paz de espírito.

Acredito que, na verdade, tenho uma grande parcela de culpa nessa história. Fica difícil definir minha utilidade aqui, se ainda não sei direito quem sou totalmente. Mais uma questão em branco na minha prova de vida.

Para alguns sou a amiga engraçada que sempre tem alguma tirada para alegrar o dia. Gosto disso. Fico feliz em saber que tenho ‘o poder’ de fazer alguém rir. É confortante e ajuda nas horas de consolar o próximo (o que não significa que eu conto piadas em enterros. Tenho noção!).

Para outros, sou o ouvido nas horas de desabafo; ou, sou o ombro nas horas de tristeza; a companhia para o cinema de fim de tarde no domingo; a memória das lembranças escolares; o ‘pau pra toda obra’; aquela que nunca esquece os aniversários; que dá presentes sem motivo; que diz ‘eu te amo’ sem vergonha. Enfim, sou muitas coisas para as pessoas, e isso me deixa orgulhosa. Infelizmente, nem sempre isso é suficiente.

Existem os dias – como os de hoje – quando eu só queria ser a mulher da vida de alguém, mesmo que essa vida durasse pouco. Queria ter alguém para tomar sol na piscina de casa, ou sair para comer junto, para ir ao cinema, dar uma volta no shopping, tomar um chopp. Alguém que fosse comigo à Feira do Paraguai colocar um cabo no meu som para que eu use meu iPod no carro. Alguém para me arrumar para, que me desejasse, que quisesse me apresentar para os amigos. Que pudesse ir comigo aos meus encontros com amigas casadas. Que agüentasse minha TPM. Que brigasse comigo para depois fazer deliciosas pazes. Alguém que dissesse que me ama também.

Tem vezes que ser solteira dói.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Coisas de mulher

Dizem por aí que mulheres que convivem por muito tempo ficam menstruadas na mesma época. Dizem também que amizade e trabalho não combinam. Pois cá estou eu para provar que ambas as teorias são, se não furadíssimas, no mínimo complementares. Quer ver?

Na minha sala trabalham quatro pessoas: três mulheres e um homem. E tudo corre na mais perfeita paz, sempre. E não é coisa que acontece há um mês ou dois, não. Há anos que o clima é esse. Obviamente, rolam uns esporros, mas eles são tão esporádicos quanto as chuvas no mês de agosto. Mais óbvio é perceber que, com ou sem esporros, a amizade entre nós prevalece. Pode ser a água do local, mas a meu ver todo mundo lá tem maturidade suficiente para conseguir separar as relações - pessoal e profissional. Logo, essa teoria de amizade não combinar com trabalho só serve para gente insuportável.

O que nos leva à ‘lenda’ da menstruação. Eu nunca acreditei nisso, até HOJE. Achei que o fato de estar malhando e fazendo dieta pudesse ter interferido no meu ciclo, mas isso é mais balela do que a teoria em si. O lance do convívio tem fundamento, sim. E o mais engraçado em perceber isso é que, se rola menstruação, rola também TPM conjunta.

E aí, meus amigos, haja chocolate.