segunda-feira, agosto 27, 2007

A mão que balança o berço


Ainda não chegou a minha hora, mas uma grande amiga minha anda desesperada em busca de uma babá. Ela quer alguém que não minta, não jogue fora a comida da filha para alimentá-la com gelatina, e que não jogue os vestidinhos lindos direto na máquina de lavar. Difícil...

Apesar de árdua, a tarefa de achar uma quase ‘super nanny’ tem seus momentos de diversão (?). Acreditem, os diálogos são reais. As respostas, no entanto, são tão surreais que deixariam Max Geringer de cabelo em pé. Abaixo, trechos das entrevistas que minha amiga (G) fez com as pretendentes a babás (Bb). Juro que não acrescentei nada.

Diálogo 1
G: O que você faz quando a criança começa a chorar muito?
Bb1: Ah, fico meio desesperada, porque bebês não sabem falar, e a gente não sabe o que eles querem, né?
G: E aí?
Bb1: Eu tento de tudo, mas quando nada adianta, eu
arribo minha blusa (ela fez o gesto!!!!) e boto o bebê no meu bucho!

Diálogo 2
Bb2, com a chave do carro na mão: Onde eu vou estacionar lá na casa da senhora? Tem garagem? Eu tenho carro.
G: Olha, meu prédio tem garagem, mas as vagas são para os moradores. Você pode estacionar no estacionamento público do prédio.
Bb2: E se roubarem meu carro?

Diálogo 3
G: Você fuma?
Bb3: Não senhora! Só quando eu bebo...


Diálogo 4 (o meu preferido)
G: Você sabe cozinhar?
Bb4: Seio.
G: Você sabe passar roupa?
Bb4: Seio.
G, pensando: não vou ter preconceito, não vou ter preconceito...
Mas, enquanto G pensa, Bb4 enfia a mão dentro da blusa, coça o sovaco, tira a mão e cheira o dedo.

Coração de mãe sofre.

sexta-feira, agosto 24, 2007

No chão do banheiro

Tenho que admitir: a veia dramática que nós, mulheres, possuímos é de deixar qualquer indivíduo com cromossomos XY de cara. E qual é o melhor lugar para descarregar as lamúrias? O chão do banheiro.

Quando o Denny morreu, a Izzie ficou alguns dias deitada lá. Quando a Carrie e o Aidan terminaram o noivado, ela ficou três horas sentada no chão, sem coragem de encarar a vida de solteira. O que aconteceu nos episódios das séries Grey’s Anatomy e Sex and the City acontece também conosco. Pelo menos, comigo. Eu, por exemplo, já tomei banhos mega demorados só pra poder me acabar de chorar embaixo do chuveiro. E ainda usei a desculpa esfarrapada de que derrubei xampu nos olhos, por isso eles estavam vermelhos. Ah, tá.

E a 'cena da parede'? Quando você encara uma discussão daquelas, se tranca no banheiro – único lugar onde sua privacidade não é violada -, encosta na parede chorando, descabelada, e vai descendo lentamente até a bunda encontrar o chão. A 'cena da parede' é tão famosa que, pode perceber, não existe novela sem ela. E tem gente que ainda se olha no espelho para ver as marcas que a choradeira deixou no rosto. Clássico.

Dormir abraçada ao vaso sanitário depois de um porre? Isso nunca aconteceu comigo. Mas eu tenho amigas que já usaram o chão do banheiro como apoio para a ressaca.

Lição do dia: mantenha o chão do seu banheiro sempre limpo e desinfetado. Você nunca sabe quando precisará dele.

domingo, agosto 19, 2007

A condição de ser Mulher


Meu cunhado me incumbiu de escrever uma visão feminina sobre um texto dele, publicado em seu blog (http://helioismael.blog.uol.com.br/). Pois bem, cá estou. Uma de suas afirmações masculinas refere-se ao fato de que os caras “comem porque são homens e têm a obrigação”. É como se fosse um dever. Ou eles comem, ou o mundo perde o eixo e explode. Foi assim que interpretei algumas de suas observações, e é a esta ‘afirmação’ que me apegarei. Não vou discutir programação de TV aos domingos e outras coisas ditas por ele, porque isso não me incomoda. Cada um é cada um e faz o que quer.

Pois bem. Minha primeira observação é: hahahahahahahahaha! Homens, vocês não comem só porque são machos!!!! Vocês comem porque nós, mulheres, queremos ser comidas. Simples e direto. Não tem nada no mundo que os faria bem sucedidos se nós não permitíssemos que a fornicação rolasse. Olha o ditado: quando um não quer...

E isso independe se fomos criadas por Deus de forma artesanal ou se somos meras mortais comuns. Meus queridos, não se enganem: para cada Brad Pitt, Deus fez milhares de “Zés Bonitinhos”. Leia-se: você não é o Brad Pitt, o Gianechinni, o Fábio Assunção. E outra: vocês não escolhem, são escolhidos. E essas escolhas não dependem só de beleza, não são tão superficiais. Vamos parar de hipocrisia. Não conheço ninguém que só pegou homens maravilhosos ou mulheres perfeitas. Isso aqui é a Terra, vida real, não é um episódio de Barrados no Baile.

Se eu sou feminista e mal-humorada, como disse meu querido cunhadinho no início do seu texto, não sei. Acho que não. Me acho a maior legal! Só que, além de legal, sempre falo o que eu penso. E por ser assim, não resistirei a uma dica sobre a programação de domingo: larguem a televisão, só passa porcaria. Vão ao cinema, durmam, vão ao shopping, ao BsB Mix, ao motel. Ou, se é pra assistir TV, assistam em ambientes separados. Ninguém nasceu grudado, né?

quarta-feira, agosto 08, 2007

Brahma Sharia forçada

Como faço mensalmente, ontem saí com minhas amigas de escola. Se antes falávamos de garotos e trocávamos papéis de carta, hoje falamos de sexo e trocamos sugestões para apimentar a vida a dois (vocês já ouviram a do Halls preto?). Trocamos, não. Elas trocam e eu ouço atentamente para usar o dia em que minha vida for levada a dois.

Pois bem. Risadas à parte, eu descobri que um dos meus problemas tem nome: brahma sharia. Em bom português, abstinência sexual. Imposta pelo universo, obviamente, visto que eu me amo e nunca, jamais, em tempo algum, faria isso comigo mesma. Mas a técnica usada pelos iógues (calma, escrevi como se pronuncia) mais, digamos, em contato profundo com seu eu interior, está sendo usada em mim por forças maiores do universo. Sim, porque não tem outra explicação para o meu Saara individual.

Quer dizer, explicação há, mas nenhuma que me satisfaça. Julguem-me, me apedrejem, me rotulem. Eu não dou pra qualquer um. Sei que achar sexo é mais fácil que achar figurinha do Harry Potter, mas não é isso que eu quero. Quero alguém que me ame também. Se eu sou piegas, careta, sem noção, o problema é meu. Mas que eu não pedi essa bendita brahma sharia de recompensa, eu não pedi. "Eu só quero um amor que alegre o meu sofrer". É pedir demais?

No entanto, tudo tem seu lado positivo. A próxima vez que eu for à ginecologista e ela me perguntar o que eu faço para prevenir a gravidez, vou responder, com ar misterioso: “Brahma sharia. É uma técnica indiana”. Boa, né?

*Aos que levam a yoga à sério, não me levem à mal. Minha função aqui é divertir, nunca insultar.

domingo, agosto 05, 2007

Eu já... (Parte II)*

... Caí no meio do meu local de trabalho. Saí como se nada tivesse acontecido, mas entrei na minha sala com vontade de chorar. De vergonha;

... Mudei a música no rádio do carro porque tava tocando Ana Carolina (que eu adoro), mas minha amiga que tava de carona não gostava;

... Ganhei uma cesta de café da manhã, almocei com a família, comi crepe com amigas e fui ao RoadHouse à noite com meus primos em um único dia, pra comemorar meu aniversário;

... Liguei pra um garoto fingindo ser da bilheteria de um show só pra saber se ele ia (disse que estava fazendo um levantamento, hehe);

... Fui ao cinema e vi um filme completamente sozinha. Quase tirei a roupa pra provocar Murfy e suas leis;

... Virei a noite trabalhando;

... Perdi a voz por falar demais;

... Fui a todas as apresentações de uma peça infantil que tinha amigas no elenco;

... Tomei conta de uma criança perdida no shopping, que acabou vomitando no meu sapato, de tanto chorar;

... Bati o telefone na cara de ex-namorado;

... Fingi que não sabia nada sobre uma fofoca só pra conseguir mais informações (eu sei, isso é muito feio);

... Tomei suco de manga, que eu odeio, pra não fazer desfeita pra dona da casa;

... Passei a gostar de sorvete de flocos de tanto comer pra não fazer desfeita;

... Disse ‘eu te amo’ e fiquei no vácuo;

... Saí e voltei do orkut, mas só adicionei quem eu quis;

... Combinei e não fui.


* Se você não leu a primeira parte, vá até o dia 27 de abril :)

quinta-feira, agosto 02, 2007

Out of Order


TPM = total falta de inspiração = falta de novidades no blog

Volto em breve.