sexta-feira, dezembro 19, 2008

Vou ali e volto já

Pessoas,

A partir de hoje estou de férias. Do trabalho e do blog.

Vou bater perna por aí e conseguir alguns novos carimbos para o meu passaporte.

Desejo a todos um Natal abençoado, recheado apenas de coisas boas. E um 2009 cheio de realizações para todos nós.

Até lá!

terça-feira, dezembro 02, 2008

Contando um conto

Ele chegou com a cara amarrada. Fazia apenas duas semanas que eles saíam e, por insistência dele, ela o chamou para ver sua apresentação. Mas ele não foi. Chegou depois que tudo tinha acabado e a encontrou conversando animadamente com os amigos. Ele levou a irmã, o que era um alívio. Ao contrário dele, ela estava simpática e agradável.

Elas conversaram por um tempo. A irmã pediu desculpas pelo não comparecimento, devido à chuva e ao carro que não queria funcionar. Ele continuava ali, emburrado, com um bico enorme. Ela fingia que não via, pois já estava com vontade de mandá-lo à merda.

Mas ela segurou seu instinto e foi fazer o que achava que devia ser feito. Chamou-o pra um canto e perguntou o que estava acontecendo. O famoso “nada” - resposta atribuída às mulheres, diga-se de passagem - saiu da boca dele mais de uma vez. Quando ela já ia desistir, ele falou. Disse que os colegas de trabalho (eles trabalhavam no mesmo lugar) o haviam advertido de que o ex dela estaria na apresentação. Por isso, ele estava com o pé atrás com ela.

Ela não pôde deixar de rir. Queria gargalhar com tamanha babaquice. Falou que sim, o ex estava lá, com a atual namorada de tempos. Aliás, tempo era o que tinha passado depois que eles terminaram. Mas a resposta não o satisfez. Tomado por um ciúme inexplicável – convenhamos, duas semanas é pouco -, ele passou a exigir que ela apresentasse o ex para que ele pudesse realmente acreditar que não havia nada entre os dois.

- Cadê o seu ex? Quem é ele?
- Pra quê isso? Já disse que ele está namorando há tempos.
- Já falei. O pessoal me alertou. Não quero fazer papel de idiota. Cadê seu ex?
- Tá parado aqui na minha frente!

Atônito, ele não podia acreditar na resposta. Tentou obter explicação, mas tudo o que conseguiu foi vê-la se afastando. E com o guarda-chuva, deixando-o lá, com cara de besta e todo molhado. A irmã o levou embora.

Nunca mais se viram, só os poucos encontros no trabalho - se é que podemos chamar uma solene ignorada por parte dela de encontro. Ele ainda tentou reatar, mandando poemas e ligando insistentemente. Ela não cedeu. Ele sim. Fez mala, pegou a cuia e voltou para a cidade natal, pois “não havia razão para continuar em Brasília”.

quarta-feira, novembro 19, 2008

Clichês reais


Escrevo correndo o risco de sofrer represálias. Mas, a vida é feita de riscos, prefiro corrê-los a correr deles. E essa coragem, infelizmente, só me acompanha há pouco tempo.

Pois bem. Dizem (com sotaque baiano, como conheci com uma amiga) que todo japonês adora foto. Sempre achei essa afirmativa um clichê barato, uma generalização besta, uma caricatura da verdade. Mas, hoje, não penso mais assim.

Trabalho para um clichê humano: filho de chinês com japonês, casado com uma coreana. E, como assessora de imprensa, preciso tirar fotos do tal. Mas nunca antes na história da minha vida me imaginei como a fotógrafa que sou forçada a ser diariamente. Sim, porque mais que jornalista, virei um tripé. Sempre com uma máquina pendurada no pescoço, uma bolsa gigante no ombro, e asas nos pés, correndo atrás de uma pessoa com um ego tão grande quanto a cabeça. E pensem numa cabeça!

É foto de tudo. Sim, t-u-d-o. Imaginem aquela cena de filme de comédia barato, em que sempre aparece um grupo de japoneses tirando foto de um fato bizarro. Este grupo soy yo. Meu “modelo” é o fato bizarro. São 30, 40 fotos por dia. Teve um dia que tirei mais de cem. Surreal.

Se esse clichê é real, imagino: será real o fato de que japonês realmente tem p...o pequeno? Esse eu não vou querer descobrir.

sexta-feira, novembro 14, 2008

Passa ou não passa?

Mais uma história de elevador, mas meu novo/antigo emprego me faz conviver com eles, agora, diariamente.

Pois bem, inventaram uma maneira nada discreta de avisar se você, usuário de elevador, passa ou não passa no teste da carga máxima. Uma sineta nada discreta apita quando aquele último indivíduo insiste em se apertar às outras 15 pessoas socadas na caixa metálica. Se a buzina tocar, você está reprovado.

O pior não é o medinho que dá de a buzina tocar com você. O que me dá mais raiva é quando o cara entra, a sineta berra, e o mané fica olhando pra cima, como se aquele barulho insuportável estivesse anunciando a chegada das bestas do apocalipse. Aí vem o (a) ascensorista e diz: “alguém tem que sair, passou do limite”. E o mané, o que faz? Olha pra todo mundo, como se coubesse a ele escolher quem será a vítima. Porque ele, o da pança, não arreda o pé. Preguiça!

Dia desses entrou na minha frente (claro, como não?) um Papai Noel dos trópicos. Tão gordo quanto, um bigode gigante, um sorriso bonachão. A sineta tocou, ele saiu e voltou. A sineta não tocou de novo. Então, tá tudo bem, né?

Não, Seu Barriga, não está tudo bem. Assim que a porta fechou e o elevador começou a subir, a sineta disparou. Segundo, terceiro, quarto, quinto, a sineta tocando e o gordinho com aquela cara de imbecil, aquele sorriso sem-graça, olhando pra todos como se pedisse desculpas. E eu desesperada, achando que ia morrer por causa daquela orca gigante.

Cheguei viva, saí batida do elevador e agradeci a Deus. Mas agora, por via das dúvidas, só ando de escada.

terça-feira, novembro 04, 2008

Desanuviando



Tenho escrito muitos textos sérios nas últimas semanas. Sobre assuntos que não domino tanto e que me exigem, portanto, pesquisa e muita, muita leitura. Cansei. Meu cérebro está estafado de falar sério. Então, este texto é como uma terapia.

Resolvi comentar alguns absurdos que li na internet no pouco tempo livre que tive. Esse me fez morrer de rir. “Paris Hilton: 'Todos os caras com quem saí me usaram para sexo e dinheiro”. JURA??? Ela queria ser admirada pela sua extrema inteligência? Por favor, a pessoa ganha a vida fazendo nada e quer respeito e homens interessantes ao invés de interesseiros. Faz-me rir.

Mais um pra lista de mães e traumas: “Wonarllevyston, aos 13 anos, consegue mudar nome na Justiça de MS”. O nome todo? Wonarllevyston Garlan Marllon Branddon Bruno Paullynelly Mell (e outros três sobrenomes). O pior é que ele mudou só o sobrenome. Continuou Wonarllevyston. E ele tem uma prima que se chama Linda Blue Junia Sharon Mell Melina Marla Cyndi (e mais quatro sobrenomes).
Tem também a do boneco de Lego gigante que apareceu em uma praia britânica, e a do cara que foi detido por fazer sexo com um aspirador (ui!). Mas a melhor de todas foi essa: “Aos 105 anos, virgem mais velha do mundo diz que sexo envelhece”. Só tenho 31. Quem sou eu pra discutir?


Alô, Dercy, eu ainda tô aqui!

quinta-feira, outubro 30, 2008

Mães e traumas

Dia desses fui almoçar em um restaurante "serve-serve". Sentei-me ao lado de uma mesa com duas crianças e seus pais. A garota e o garoto deviam ter seus 9, 10 anos. Portanto tinham aquela conversinha besta de meninos nesta idade: apostavam que prato pesava mais e etc.

Assim que acabou de almoçar, o menino se serviu no vasto e delicioso buffet de sobremesas do local e voltou com um pedaço gigante de bolo de chocolate e dois brigadeiros indecentemente grandes. Todos na mesa ficaram impressionados com o apetite do moleque, até sua amiguinha que exclamou, na hora, que "agora que eu sei que tem chocolate, vou ter que comer".

Aí veio a pérola do dia. A mãe da menininha vira e fala, na frente de todo mundo: "ele pode comer porque é magro e não tem espinha. Você, não". A menina, tão sem-graça quanto uma criança consegue ficar, chutou a mãe por debaixo da mesa e encerrou o assunto ali, sentadinha de frente pro moleque que se lambuzava de chocolate em todas as suas sardas.

Confesso, realmente ela estava gordinha. Mas eu não vi espinha e, vamos combinar, depois que cresce pode ser até que a gordura dela desapareça (o famoso "estica e seca"). Ou não mas, e daí? Agora, se uma menina desssa fica traumatizada e dá um tiro na cabeça - ou na progenitora -, vão dizer que é culpa da TV, das modelos, das revistas, da Giselle Bündchen. Na vaca da mãe e nas atrocidades que ela é capaz de dizer, ninguém pensa.

Cuidado boquinha com o que fala.

sexta-feira, outubro 24, 2008

Elevador


Tenho andado muito de elevador ultimamente. E nesse sobe e desce, fica nítida a falta de educação das pessoas. Devo estar ficando chata porque em várias situações tive que segurar a grosseria e ser educadinha, porque para o resto das pessoas tudo parece muito normal. Tipo, quem quer entrar acha que tem mais direito ao espaço do que quem quer sair. E dá-lhe cotovelada!

Dia desses estou eu no elevador e me entra uma mulher. Ou melhor, uma árvore. A mulher devia ter 1,90m de altura e largura. Parecia um caxotão. Nada contra pessoas grandes. Mas depois que entrou no elevador, ela se firmou em frente à porta.

Andares passando e a dona lá, fincada, parecia que tinha criado raiz. Já não bastassem suas medidas estratosféricas, ela ainda tinha uma bolsa gigante para ocupar mais espaço. As pessoas pediam licença para passar por ela, e nada. Ela não se movia um centímetro. Devia estar brincando de estátua, mas ninguém sabia disso.

Chegou a minha vez. “Licença”. E nada. Mais alto: “licença”. E nada. Todo mundo me olhando e eu presa atrás da árvore. Não deu outra: dei-lhe uma ombrada e abri meu caminho. Liberdade, enfim!

Ah! Eu fui educadinha. Pedi desculpas depois da ombrada. Uma lady.

quinta-feira, outubro 16, 2008

Gira, gira, gira


O mundo dá voltas, e...

...a gente percebe que as pessoas não são quem a gente pensa que são, ou queríamos que fossem;
...dá uma preguiça danada de conviver com gente que acha que o próprio umbigo é o centro do universo e que só fala de si, por si e para si;
...tem cada vez mais gente que fala demais, e escuta de menos;
...dá vontade de chamar a atenção: vamos parar de julgar?

Em compensação...

...as crianças da minha vida estão cada vez mais lindas, sorridentes, espertas e engraçadas;
...meus amigos, mais queridos;
...minhas perspectivas, maiores. Com tombos menores;
...meus desejos se realizando; e...
...minhas celulites estão sumindo!

Põe pra rodar!

quinta-feira, outubro 02, 2008

Não tenho pressa

De novo, a pressão. De casamento, de concurso, de um emprego melhor. Dias vão e vêm, e o sentimento insiste em dar um olá.
Como costumo dizer: vou fazer uma camiseta! "Let it be" em letras garrafais! Se eu, a maior interessada na história, estou calma, o quê o resto do mundo tem que estar ansioso com a minha vida? Eu hein...
Aprendi com um amigo (se é que posso chamá-lo assim. Acho que sim) blogueiro a admirar Fernando Pessoa. E copiei do blog desse amigo o texto abaixo, que diz tudo.

Não tenho pressa. Pressa de quê?
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.
Ter pressa é crer que a gente passe adiante das pernas,
Ou que, dando um pulo, salte por cima da sombra.
Não; não tenho pressa.
Se estendo o braço, chego exatamente onde o meu braço chega
Nem um centímetro mais longe.
Toco só onde toco, não onde penso.
Só me posso sentar onde estou.
E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,
E somos vadios do nosso corpo.
(Fernando Pessoa)

sexta-feira, setembro 26, 2008

Viver...





... e não ter a vergonha de ser feliz!

quinta-feira, setembro 18, 2008

Inspiração


Recebi o texto abaixo da minha amiga Ana. Justo hoje que acordei tensa, porque meu cachorrinho operou e estou escalada para cuidar dele o dia todo. É muito ruim ver alguém – ou algo – de quem você gosta sofrendo por algum motivo. Ele vai ficar bem, mas senti um medo gigante de perdê-lo. Talvez seja trauma porque tive amigos que perderam sua cachorrinha em um procedimento bem mais simples. Talvez seja aquele medo com o qual não sabemos lidar e de quem não gostamos de falar – o medo da morte. Enfim... Obrigada, Ana, por inspirar meu dia com seu texto.

Eu adoro as manhãs... Gosto de acordar cedo e perceber o dia passar por inteiro.

Hoje a manhã estava maravilhosa. Depois de alguns meses intermináveis de seca e calor nesse nosso clima quase desértico, amanheceu chuviscando. Aquela chuvinha mansa, que traz esperança, alegria, renovação. Que refresca o dia e perfuma o ar!

Para mim, todas as manhãs merecem uma oração de agradecimento. Hoje agradeci com muito mais entusiasmo e emoção... Deus nos reservou uma manhã chuvosa, silenciosa, tranqüila.

É bom saber que todos os dias as manhãs virão. Às vezes molhadas, às vezes ensolaradas, alegres ou tristes... Porque aí depende de cada um de nós fazer desse novo dia que começa pura alegria!Em todas elas vejo um ponto em comum: o recomeço. Recomeçar tem tudo a ver com amanhecer!!!!!  E Deus nos possibilita todos os dias um início. Para os que sofrem, choram, amargam perdas e dores, ela vem como um remédio, bálsamo para a alma.

É como se Ele dissesse: “Comece tudo de novo hoje ”... Adicione na sua agenda um tempinho para olhar o céu, o sol, o mar... Recomece sua dieta, um trabalho novo, reveja seus amigos queridos, ouça uma música gostosa, almoce com sua família, tente uma nova forma de viver: mais leve, sem pressa e com mais amor.

É isso que as manhãs são para mim: mais uma chance de viver um dia feliz!

Mais uma vez, obrigada meu bom Deus por mais essa manhã.... Como sempre, você foi incrível! Parece que adivinhou que precisávamos desse refresco!

Bom dia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, setembro 16, 2008

O maior de todos

O ano era 1993. A idade, 16. À época, era presidente da União de Adolescentes da minha igreja. Neste ano, tivemos ‘eleições’ para um novo pastor, já que o atual iria se aposentar. Pastor escolhido, realizou-se um culto especial para dar as boas-vindas ao novo líder e sua família.

Como em toda festa, a igreja estava lotada. Embaixo, na galeria e no coral. Dentre os trâmites, estava uma acolhida à família pastoral: pastor, esposa, uma filha jovem, um adolescente e um menino (as idades têm grupos específicos na igreja, para facilitar o entrosamento). Fui eu a responsável por dar boas-vindas ao W., filho adolescente. Palavras especiais do dirigente, lá vamos nós. Abraços no pastor e sua esposa pelo líder, beijinhos na filha pelo presidente dos jovens... Chegou a minha vez. “seja bem-vindo”, falei, e lá fui eu para os dois famigerados beijinhos. Smac e.... SMAAAAAAAAAAC!

Até hoje, 15 anos depois, não sei o que houve para o ‘beijinho’ sair tão estalado. Mas saiu. Alto, alto, alto. Até quem tava lá fora deve ter ouvido. E a gargalhada foi geral. Só vi meus amigos se acabando de rir. Pior foi ter que voltar para o meu lugar depois... Que mico!

Ainda bem que eu sou cara-de-pau.

segunda-feira, setembro 08, 2008

Ctrl + C; Ctrl + V



Fato: sou apaixonada pelos meus amigos. De verdade. E ao ler o artigo abaixo nesse fim de semana, não pude me conter em usar os famosos atalhos do PC para dividir o texto, que achei lindo e que traduz tudo o que eu acho da amizade. Confesso que me emocionei e agradeci a Deus por cada amiga que Ele me deu.

O artigo foi publicado na revista Marie Claire deste mês, e é assinado por Leila Ferreira, jornalista, apresentadora de TV e autora do livro 'Mulheres - Por que Será que Elas...'.

Amiga de infância
Elas nos ajudam a inventar quem somos, são co-autoras dos nossos roteiros de vida. Sabem exatamente quais palavras usar, ou o momento certo de não dizer nada. Ficam ao nosso lado mesmo a distância. Se você ainda não achou a sua amiga de infância, não se preocupe: ela ainda vai chegar, no momento certo

Ela conhece nosso avesso como ninguém e nos perdoa por ele, o que não quer dizer que seja cúmplice das nossas falhas. Fica feliz quando nos vê felizes -e nem precisa saber o motivo da nossa felicidade. Se choramos, chora junto. Se desabafamos, ouve com paciência infinita. E, quando fala, sabe exatamente que palavras usar. É por essas e outras que é essencial ter uma ou algumas amigas de infância do nosso lado, ainda que fisicamente estejam do outro lado do planeta. Theodora mora na Suíça há 20 anos e conta que nunca se distanciou de sua amiga de infância, que mora no Rio: 'Nos dias de inverno longo, quando o frio congela e escurece às quatro da tarde, é a Beth que me traz o sol do Rio pelo telefone e me aquece a alma'. É como a amizade de Teresa e Ester. Uma mora em Paris e a outra, no Rio, mas a sintonia entre elas é impressionante: 'Nós nos casamos no mesmo ano' diz Teresa, 'tivemos filhos nos mesmos anos, nos separamos no mesmo ano -tudo igual. Agora ela acabou de se casar novamente e eu também vou me casar'.
A comunicação entre amigas que se conhecem muito é quase telepática. 'Parece que elas sentem quando quero falar com elas', diz Núbia. 'Se estou triste, ligam do nada.' O mais curioso é que às vezes são pessoas que não se parecem nada conosco. Cynthia se compara com Juliana, sua melhor amiga: 'Ela é escorpiana e eu, canceriana. Ela parece um sol. Eu sou a lua'. É uma química própria, que funciona sempre -o que não quer dizer que não existam divergências. Existem, claro, mas até para se desentender as amigas de infância se entendem.

Nesse universo onde tudo é relativo, o conceito de tempo também é diferente. Algumas de nós ficam conhecendo suas 'amigas de infância' quando já deixaram de ser crianças há muito tempo. 'Conheci minha amiga de infância, a Tamires, há dois anos', conta Lu. 'E o cuidado que ela tem comigo é tão grande que às vezes tenho a impressão de que é minha mãe, apesar de termos a mesma idade.' Fatinha, amiga de infância que conheci na faculdade, fala sobre essas amizades que passam de recentes a eternas: 'Às vezes parece que duas pessoas foram preparadas durante muito tempo, e quando se encontram já estão sintonizadas. Aí a amizade acontece mas permanece'. Clara conheceu Carla há dez anos e conta que construíram uma amizade profunda baseada na falta de afinidade. Isso mesmo -porque as duas não poderiam ser mais diferentes: 'Ela fuma e eu detesto cigarro. Ela é gordinha. Eu sou magra. Ela ama pagode, eu odeio. E nossa última e grande falta de afinidade: eu adoro homem e ela detesta'. Clara é gay.

Fico tentando imaginar a vida sem essas amigas de sempre. Quem seríamos se não fossem elas? Elas nos ajudam a inventar quem somos, são co-autoras dos nossos roteiros de vida. É por isso que amigas de infância devem ser tratadas a pão-de-ló. Temos que carregar água na peneira pra elas. Quando penso na Cristina, que conheci aos 7 anos e que hoje atravessa São Paulo pra me trazer uma sopa quentinha quando estou doente, vejo que ela é parte do que sou. Quanta água já passou debaixo de nossas pontes e quantas pontes ainda pretendemos construir... Se você não tem ninguém assim, não fique triste. Comece a procurar sem pressa. Amigas de infância chegam sem fazer alarde e no seu devido tempo. Basta estarmos atentas.

quinta-feira, setembro 04, 2008

Gordices

Acredito que para aqueles que apreciam uma boa porção de junk food, é unânime a opinião de que uma porção de batatas fritas é praticamente irresistível. Generalidade feita, vamos à história.

Uma amiga e eu fomos ao McDonalds uma vez e yo, em luta eterna com a balança, resolvi pedir ‘só’ uma porção de nuggets, com suco de limão (para não chutar o balde tão violentamente). Pedido feito, ficamos ao balcão esperando nosso lanche.

E lá veio o moço com aquele ritual: coloca bandeja, coloca o papel da semana, coloca... uma porção de batata frita. Estalando de nova. Quentinha. E com aquele aroma inconfundível. Não pensei duas vezes: peguei uma, duas, três. “Desculpa a folga, mas esta batata está sensacional”, falei pra minha amiga. “Não é minha. Também pedi nuggets”, ela disse.

Silêncio. Troca de olhares. Pressão sanguínea baixando. Saído não sei de onde, me aparece um cara, agradece o atendente e pega a bandeja dele – sem notar meu ato falho. E lá se vão minhas batatas... E um pouco da minha honra.

segunda-feira, setembro 01, 2008

Só sei que é assim

Mais uma amiga grávida, mais um casamento. Meu setembro já começou animado. E à medida que a vida segue, resolvi aproveitar minha condição de ‘estar para titia’ (ainda tenho esperanças!) e curtir a vida.

Show da Madonna, viagem de férias, saídas com as amigas. Topo tudo. Já que o momento é de solteirice, vou aproveitar o que está guardado para mim. Sem dramas e sem medos.

Ano que vem chego aos 32 e já comecei a me presentear. Ninguém sabe o dia de amanhã, então, resolvi viver o hoje. Reclamar menos, aproveitar mais. Se estou titia (dos filhos das amigas, que fique claro), serei a mais legal de todas. Continuarei sendo a amiga de sempre, a filha, a irmã e por aí vai.

Por quê? Não sei. Só sei que é assim.

segunda-feira, agosto 25, 2008

Sentimento mundial


Exageros à parte...









segunda-feira, agosto 18, 2008

Gosto x bolso

Não é fácil ser mulher. Não é. Não sou das mais antenadas, mas adoro comprar roupas e sapatos. A-d-o-r-o! Em minha opinião, sapatos nunca serão suficientes, e as roupas existem para cumprir um papel específico e crucial. Quem sou eu para impedir isso?

Mas (sempre tem um “mas”), eu tenho um gosto para coisas caras que me impressiona. Chamo a este fenômeno de “gosto de rico, bolso de pobre”. Porque para comprar tudo o que eu gosto, eu teria que trabalhar e ganhar muito mais. E o dia só tem 24 horas.

Ah, e tem mais isso! Além de gosto, tenho pele de rico: alergia à bijuteria. Dos dois, três anéis que comprei nos últimos tempos, não posso usar nenhum por mais do que algumas horas. Isso também acontece com colares - com os brincos, reverti o problema, graças a Deus. Dia desses fui arrumar uns anéis meus em uma joalheria e, enquanto esperava uma das atendentes resolver meu problema, fui educadamente convidada para conhecer a coleção nova. Como ver é de graça, lá fui eu. Lógico, me apaixonei por um brinco que ficaria perfeito no casamento em que serei madrinha mês que vem. O preço do mimo? Mais de 5 mil reais. “Nem se eu tivesse”, pensei. Afinal, eu poderia até ser rica, mas não seria louca. Acho.

terça-feira, agosto 12, 2008

Mães

Estou naquela fase da vida em que chega a idade para ter filhos. A idade chegou, mas não tenho voluntários para ser pai da minha criança, além de minha conta bancária não permitir nenhum projeto independente. Mas tenho várias amigas mães, e minha admiração por elas só cresce à medida que vejo o quanto a vida muda depois de um filho.

E não me refiro à mudanças ruins, do tipo: menos sono, menos tempo, menos vida social (pelo menos no começo). Mas sim aos momentos ímpares de afeto, crescimento, amadurecimento... Sem contar que uma mulher com 'cara de mãe' consegue ficar ainda mais bonita. E considero uma dádiva acompanhar isso na vida das minhas amigas.

É claro que nós, as 'não-mães', temos em mente que “mãe é tudo igual”. É aquela que liga sempre quando estamos na rua para perguntar nosso rumo; que tem suas manias, suas neuras que não conseguimos entender - e que esperamos não herdar etc. Mas, sinceramente, mãe é tudo. E ser mãe é mais ainda.

sexta-feira, agosto 08, 2008

Aí eu choro!

Fotos: Agência Reuters













Chorar nunca foi um problema para mim. Sempre fui ‘manteiga derretida’. Mas a chegada aos 30 parece que abriu uma comporta que há muito estava fechada. Dizem que por volta desta idade a mulher atinge o auge hormonal. Se for verdade, os meus hormônios estão cada vez mais loucos!

Acabei de ver a abertura das Olimpíadas de Pequim. Um dos espetáculos mais bonitos que já vi na vida. Chorei, lógico. Disfarçadamente, porque estava na sala de um colega de trabalho que tem televisão. Sou chorona, mas preservo minha imagem, hehe.

Também não posso ouvir o Hino Nacional. Me aperta o coração. Toda vez que vejo jogos da seleção de vôlei, choro quando a galera continua cantando mesmo depois que a gravação acaba. Quando eu fiz isso, então, aí é que chorei mesmo.

Caldeirão do Huck? Debulho-me! Sei que é tudo feito para tanto mas, e daí? Choro com aquelas histórias sofridas (Lata Velha, Lar Doce Lar e o escambau); aquela música de vitória; aquele povo chorando no palco... Snif!

E por aí vai: shows na Disney, casamentos de amigas, comédias românticas, gravidez de amigas...

Quem nunca chorou que atire o primeiro lenço de papel.

terça-feira, agosto 05, 2008

Gente que se acha

Na lista de várias coisas que eu não suporto, estão as pessoas que 'se acham'. É muito irritante você conversar com alguém que pensa que tudo o que sai da própria boca é verdade absoluta; que tudo o que veste é o mais bonito; que os lugares que freqüenta são os mais badalados; e por aí vai.

Semana passada estava eu curtindo uma tarde de folga quando fui, junto com a minha irmã, conferir a nova coleção de uma loja de roupa que gostamos. Nós e mais umas 30 mulheres, mas tudo bem. Cerca de 40 minutos depois, estávamos no caixa pagando as peças que escolhemos quando chega uma senhora - chiquérrima, tenho que admitir -, para pagar as compras dela. Nada de mais se, ao se aproximar do caixa, ela não tivesse nos olhado de cima a baixo com um jeito de “como assim vocês estão comprando aqui, no mesmo lugar que eu?”. Sacou a carteira, a caneta Montblanc, preencheu o cheque “à vista”. E continuou nos olhando com desdém.

Eu, debochada que sou, comecei a rir para mim mesma. Me deu pena. Aquele devia ser o 'ponto alto' do dia dela. Mal sabia ela que minhas compras foram mais caras que as dela, mesmo eu estando vestida com roupas de dia de folga. E que, provavelmente, eu trabalhei muito mais pelo dinheiro que eu estava gastando.

Saímos da loja e ainda encontramos com duas ou três mulheres com caras de madame e biquinhos de metidas. Fiquei pensando: quem estava no planeta errado?

segunda-feira, agosto 04, 2008

Oração

A TPM passou, mas a prece ficou:

"Deus, me dê paciência. Porque se me deres força, mato um."

quarta-feira, julho 30, 2008

Em manutenção

Volto depois da TPM.

terça-feira, julho 22, 2008

Homenagem

Uma flor para cada um daqueles que alegram meus dias, mesmo quando eles são cinzas.

Felia Dia da Amizade (atrasado!).

terça-feira, julho 15, 2008

Virando mulherzinha: aprendendo a domar a juba


Quem me conhece ou lê o blog sabe que eu tenho sérios problemas com o lado “mulherzinha” de ser mulher. Simplesmente não tenho paciência para tanto. Precisa trocar uma lâmpada? Vou e faço. Trocar o óleo do carro? Idem. Calibrar pneu? Facim, facim. Ligar para ‘aquele amigo’ e dizer “tô com vontade de beijar na boca”, sair e realizar o desejo? Been there, done that.

Mas depois que adotei um visual digno do novo Gol – estou linda como nunca e eu como sempre – tive que respirar fundo, bem fundo, e aprender a secar minha rebelde franja eu mesma. Porque ninguém merece gastar o que eu gastei nas últimas três semanas fazendo escovas e mais escovas no salão. Como se eu ganhasse pra isso.

Bem, ontem tive minha primeira lição com minha paciente prima. Graças ao bom Deus e aos genes de papai, meu cabelo não é tão difícil assim de secar – eu é que sou extremamente desengonçada. É sério. Sou capaz de enrolar a escova no meu cabelo e deixá-la pendurada e enroscada como ninguém (sem as mãos, importante frisar. Solto a escova enganchada e quase choro!). Sem contar que não tenho nenhuma coordenação para manusear escova e secador ao mesmo tempo. Minha prima não morreu de rir por: a) educação; b) medo de apanhar; c) as duas alternativas anteriores.

Mas... foi. Ela ajeitou o resultado final da minha experiência e ficou ótimo. Só que feito a quatro mãos. Quero ver quando chegar a minha independência. Se me virem de boina por aí, vocês já sabem no que deu. Sem comentários, por favor.

quinta-feira, julho 10, 2008

Perspectivas

A partir de hoje usarei comigo mesma uma frase que costumo dirigir aos outros: “que tal sofrer por um problema de verdade?”. Percebi que nós, seres-humanos imperfeitos que somos, costumamos nos abater com problemas que, vistos de outra perspectiva, não são nada.

E daí se eu não tenho o carro que eu gostaria, ou aquele vestido que custa o meu salário mensal, ou aquele sapato lindo cujos outros pés 36 levaram antes de mim? E daí que eu não conheço Nova Iorque até hoje? Exemplos bobos, sei disso. Mas também sei que fatos como esses assombram a cabeça de muitas mulheres.

Ver as coisas por outra perspectiva me fez parar para pensar em como sou abençoada por ter minha família perto de mim. Por ter amigos únicos, preciosos e eternos. Por ter um teto para dormir e comida para comer todos os dias. Por abrir a janela de manhã e, apesar do vento congelante, poder ver o céu de Brasília lindo como sempre. E por aí vai. São coisas pequenas que a gente acha que estão garantidas. E não é bem assim.

Vou parando por aqui com uma indicação de leitura. Quem puder, acesse o blog para Francisco (http://parafrancisco.blogspot.com). Uma história linda, triste, emocionante e, acima de tudo, inspiradora.

quarta-feira, julho 02, 2008

Skeleton in the closet

Eu acho a expressão que coloquei aí no título muito interessante. Traduzida literalmente quer dizer “esqueletos no armário”. Geralmente é utilizada para derrubar algum argumento metido ou alguma atitude de quem tá tirando onda. Afinal, todo mundo tem seus segredos, seu teto de vidro, seus “esqueletos no armário”.

E ontem eu achei os meus e fiquei feliz igual criança. Estou no auge de uma TPM que dura antes, durante e depois do famigerado período rubro. Além disso, ando trabalhando demais, estou com olheiras e cansada, cansada, cansada. Para completar, ontem à noite tive uma insônia daquelas e fui dormir quase às duas da manhã. Já que o sono não vinha, resolvi arrumar minha escrivaninha e – surpresa! - achei um saco de chocolates deliciosos malocado atrás de uma pilha de CDs virgens.

Explicando: como todo mulher na casa dos 30, a questão chocolates x peso vem sempre à tona. Se comemos todo o chocolate que queremos/ganhamos, adquirimos um quadril – e barriga, bunda, e o escambau – que leva muito tempo para sumir. Então, ao ganhar os doces, separei alguns e escondi os outros para um momento de necessidade. E – pimba! - a necessidade chegou.

Gente, tem Kit Kat, Lindt, Toblerone (presentes que minha mãe trouxe de uma das várias conferências internacionais que ela participa). Como foi que eu esqueci disso? Não sei. Mas fiquei feliz em não ter lembrado, em ter tido insônia, e em tê-los encontrado ontem.

De lamber os beiços.

terça-feira, junho 24, 2008

Força da mente

Tenho ouvido relatos de pessoas próximas que conhecem casais que se encontraram de forma, digamos, bizarra. Afinal, não é nada 'normal' contar para os netos que “vovô viu minha foto no orkut e decidiu que ia se casar comigo naquele instante”. Eu conheço um casal que começou a história assim. Foto no orkut, troca de scraps e, ao final, casamento. Amor cibernético?

E as bizarrices só aumentam. Minha mãe tem uma amiga que, ao folhear uma revista, viu a foto de uma atriz global com seu esposo. “Quero esse homem para mim”, disse a amiga de mamãe. O tempo passou e ela deu de cara com o moço em uma reunião de trabalho. Resultado: pé-na-bunda da global e uma história de amor que dura até hoje. Alguém me explica isso?

Minha humilde opinião é a seguinte: esse povo tem exacerbada força mental. Sim, o bom e velho “poder da mente”. Só pode ser. E ai, que inveja! Já pensou? Olhar um cara em uma revista, declarar a posse do rapaz e terminar a vida com ele? Melhor que história de cinema.

Eu não tenho esse poder, claro! Por mais que eu olhe a foto do Brad Pitt, só o que me aparece são os rascunhos que Deus criou antes de acertar a mão. E que rabiscos! Sei que “beleza não põe mesa” - já dizia a vovó -, mas não nasci para fazer caridade para ninguém.

terça-feira, junho 17, 2008

Sol e Lua

Recebi ontem, de um colega de trabalho, um email com a 'definição' das pessoas de acordo com seu signo. Não costumo abrir esses emails – e não sei porquê abri esse -, mas o texto só serviu para reforçar minha tese de que tem muita gente doida nesse mundo. Nada contra quem acredita em signos e horóscopo. Mas acho que existem previsões sérias e palhaçadas.

Eu sou de capricórnio (não sei ascendente, descendente, influente, nada disso). Sei, no entanto, que tenho uma 'irmã gêmea postiça' que é igual a mim. Nascemos praticamente no mesmo dia e temos muitas, muitas coisas iguais. Ou seja: dá pra acreditar que pessoas do meu signo têm, sim, características comuns.

Mas aí me chega o tal email com a seguinte descrição:
CAPRICÓRNIO - O Paciente. Pessoa agressiva e sábia. Prático e rígido. Ambicioso. Tende a estar bonito. Humorístico e engraçado. Pode ser um pouco tímido e reservado. Freqüentemente pessimistas. Capricórnio tende a agir antes de pensar e podem ser às vezes pouco amigáveis. Guarda rancor. Gosta de competição. Obtém o que eles querem.

Quem me conhece sabe que timidez, pessimismo, ser pouco amigável ou rancorosa não fazem parte do meu cardápio. Nem do da minha irmã gêmea postiça. Nem dos de outros capricornianos que eu conheço. Para me matar de rir, o email dizia que se eu não repassasse a mensagem teria 20 anos de azar. Ha-ha.

E pensar que tem gente que não sai de casa sem ler horóscopo.

quarta-feira, junho 11, 2008

Se essa moda pega...

... vou passar fome!

'Casem-se ou serão demitidos', diz estatal do Irã a funcionários
Empresa do ramo do petróleo ameaça funcionários solteiros com demissão

BBC Brasil

Uma das maiores empresas estatais iranianas deu prazo até setembro para que seus empregados solteiros se casem, segundo informou a imprensa do país.
Os que não cumprirem a determinação, arriscam perder o emprego.

A maior parte dos empregados da Pars Special Economic Energy Zone Company, que controla instalações de gás e petróleo iranianas no Golfo Pérsico, é de jovens solteiros.

"Já que ser casado é um importante critério para este emprego, estamos avisando pela última vez que todos os nossos colegas, homens e mulheres, têm até o dia 21 de setembro para cumprir essa importante tarefa religiosa e moral", afirmou um diretor da empresa, segundo o jornal iraniano Etemad.

Manter relações sexuais fora do casamento é ilegal no Irã. Dificuldades econômicas, entretanto, vêm fazendo com que cada vez mais pessoas se casem mais tarde no país.

Correspondentes afirmam que a medida visa coibir o uso de prostitutas e que o país passa por uma fase de repressão a costumes ou hábitos vistos como 'imorais' pelas autoridades religiosas.

Há relatos de que milhares de mulheres vêm sendo pressionadas pela polícia a se vestir de forma mais conservadora.

O governo da província de Khorasan do Norte afirmou recentemente que apenas pessoas casadas vão ser contratadas para vagas na região.

sexta-feira, junho 06, 2008

Jogo dos erros

Já vi erros bizarros de escrita na língua portuguesa: desde 'derrepente' até 'izibir'. Mas a placa abaixo, vista hoje em uma das lojinhas na "Casa da Cultura", em Recife, ganhou o prêmio. Vejam vocês mesmos:


E viva o povo brasileiro!

P.S.: Desculpem a liguagem da placa, mas não tinha como não divulgar

segunda-feira, junho 02, 2008

Amiga para todas as coisas

Podem me acusar de muitas coisas na vida. Deve haver, em algum lugar, um caderninho preto com a lista de todos os meus defeitos e falhas. Whatever. Mas de uma coisa me orgulho: eu sou uma grande amiga. Não meço esforços para ver meus amigos felizes, para ajudá-los nos momentos de necessidade, e essas coisas que grandes amigos fazem pelos outros. Quase sempre, lógico – afinal, estamos falando de mim -, pago um mico por eles.

O último foi na sexta-feira. Me ofereci para ajudar uma amiga a procurar uniforme para a moça que trabalha na casa dela. A moça faz questão de usar a indumentária. Ouvi falar que no Pão de Açúcar perto da minha casa vendia e, solicitamente, lá fui eu. Também tinha que comprar minhas barras de cereal e resolvi unir as duas coisas. Amigo é pra essas coisas.

Mas como nada na minha vida é fácil, cheguei ao mercado e vi que os modelos eram ‘P’, ‘M’ e ‘G’. Ou seja: ter o número do manequim da moça foi inútil. Olhei os preços, conversei com uma senhora que também estava comprando um uniforme (aliás, tinha umas quatro mulheres comprando. Ou ia ter uma festa à fantasia de gente sem imaginação ou têm muitas empregadas que trabalham uniformizadas fora das novelas e eu não sabia), tirei foto no celular e mandei para a minha amiga ver se aprovava. Enquanto esperava a resposta, fui atrás dos cereais.

Sinal verde. Voltei ao corredor dos uniformes. Sozinha e na dúvida entre o P e o M, fiz o que qualquer pessoa normal (?) faria: experimentei o uniforme (que é quase igual ao da foto acima). Não tinha ninguém olhando, certo? ERRADO! Um rapaz se aproximou, fingiu que estava vendo um dos vestidos, me olhou de cima a baixo e saiu rindo. Só depois me toquei: estava no meio do Pão de Açúcar, tentando me ver sem espelho, vestida de empregada doméstica. Tá no inferno, abraça o capeta? Sentei no chão, dobrei o vestido, guardei na embalagem. Afinal, se ficar grande/pequeno, pode trocar.

Minha amiga se acabava de rir ao telefone quando contei pra ela (ela também agradeceu muito, faço questão de frisar). E suponho que se existem câmeras de vigilância e seguranças que assistem suas imagens, tinha mais gente rindo.

segunda-feira, maio 26, 2008

Meu inverno particular

Com a lenta chegada do frio na cidade, percebo que é hora de tirar os casacos do armário. E me dou conta de que, há muito tempo, tenho vivenciado uma fase um tanto o quanto cabulosa.

Sabe parque aquático no inverno, que ninguém freqüenta? Pois é. Este é um resumo da minha vida amorosa. Descobri, depois de assistir à peça “Cada um com seus pobrema”, que tenho o encosto do Ursinho Puff: todo mundo acha bonitinho, todo mundo acha fofo, todo mundo quer abraçar. Mas ninguém quer comer, hehehe.

Exageros à parte – arrumar alguém para uma noite e nada mais não é tão impossível assim, mas não é o que eu quero -, fico imaginando quando é que vai chover na minha horta. Ontem li na Veja que o ideal para a mulher é engravidar até os 35 anos. Ou seja: tenho quatro anos para achar alguém que queira construir uma família comigo. É muita pressão...

Ser mulher, às vezes, é difícil.

quinta-feira, maio 15, 2008

Razão X Paixão

Sempre me considerei uma pessoa mais passional do que racional. Não que eu não pense antes de fazer algumas coisas mas, na maioria das vezes, a emoção fala mais alto. Aí eu aumento o volume da voz e o grau de grosseria. A chegada dos 30 anos, no entanto - e o passar do tempo desde então -, têm me trazido uma serenidade que apesar de desconhecer e estranhar, estou adorando vivenciar.

Depois dos 30 aprendi a usar mais aquele botãozinho do f... e só perco meu tempo com o que me interessa. Cansei de me desgastar tentando agradar a fulano ou a ciclano. Tenho, diariamente, construído uma carapaça que me permite não me deixar afetar pelas besteiras que os outros pensam ou falam de mim. Não devo nada a ninguém. Nem ao banco!

Também tenho muito bem definidas quais são as pessoas que me importam e que se importam comigo. Com estas, gasto todas as energias que me forem necessárias porque são estas mesmas pessoas que as repõem. Para estas, me dôo sem medo de quebrar a cara. E se por acaso me ferrar no caminho, sacudo e poeira e sigo em frente. É caindo que se aprende a levantar.

Agora sei exatamente o tipo de pessoa que quero ao meu lado para o resto da vida. Só falta saber em que lugar está o cidadão, mas chego lá. Não tenho muita pressa – só um pouquinho.

Ah, falta também aprender a guardar dinheiro. Um dia, quem sabe...

domingo, maio 11, 2008

Alvo



Deve estar escrito em algum lugar - Constituição, Diário Oficial, anúncio de jornal, outdoor, sei lá – e só eu não vi: “sacaneie a autora deste blog e ganhe R$10”. É a única explicação para a onda de incidentes pelos quais tenho passado.

Até o destino resolveu brincar. Primeiro, e por duas vezes seguidas, fui acometida de uma tremenda dor de barriga em lugares públicos, em horários inadequados. Passei, literalmente, por ‘apertos’, visto que minha casa fica a (pelo menos) 20 minutos dos lugares onde trabalho. E como tenho uma timidez crônica na área lá de baixo e só uso meu o banheiro... Quase deu merda. Literalmente.

Minha mãe ganhou uma televisão. Os moços que vieram instalar a maravilha no quarto dela fizeram um excelente trabalho e a deixaram tinindo. Mas... Os manés mexeram na antena da MINHA TV e, adivinhem? Final de semana, e meus canais fora do ar. E os caras vieram arrumar? Claro que não!

Para encerrar a semana com chave-de-ouro, meu ‘cofre’ ficou de fora no local de trabalho - nunca mais esqueço o cinto e olharei para todos os lados antes de pegar algo no chão - e ainda recebi elogios inadequados. Duas vezes. Como se a humilhação pública não fosse suficiente para uma sexta-feira.

Senhor, dai-me paciência.

segunda-feira, maio 05, 2008

Procura-se um namorado para...

... buscar o carro na chuva;
... fazer companhia no casamento dos amigos;
... dividir o pacote de pipoca no cinema. E a Coca Light jumbo;
... sair pra jantar em restaurantes legais e dividir a conta (às vezes!);
... viajar por aí;
... passar as tardes de domingo;
... dar risada;
... e tudo o mais que tiver para ser feito.

Tá difícil!

quarta-feira, abril 23, 2008

Cérebro de teflon

Vamos esquecer esse negócio de idade e colocar a culpa na demanda de informações que recebemos ao longo da vida – é mais conveniente. Mas a verdade, dura verdade, é que minha antes elogiada boa memória foi-se! Ou melhor, vai-se a cada dia.
Não consigo mais guardar nomes de pessoas, nomes de lugares e outras coisas. Consultas médicas? Pfff! Meu cérebro parece uma frigideira de teflon: não gruda nada! O único dom 'memorável' que me resta é o de saber o aniversário de vááááááááárias pessoas. Amigos chegados ou não. Agora, me pergunto: pra quê?
Me tornei uma daquelas pessoas que não é ninguém sem agenda. Ó céus! Minha santa e paciente chefe que o diga. O que tem de coisa que ela já teve que repetir... De vez em quando a surpreendo com algum ensinamento que ultrapassou a barreira do esquecimento e grudou. Mas só de vez em quando.

domingo, abril 20, 2008

Eu já... (parte final)

... Procurei, achei, e comprei um carro em meia hora;
... Chorei assistindo “Lar Doce Lar”;
... Fingi que era de um cerimonial e confirmei várias presenças ao casamento de uma amiga pra ela não ter que pagar pelo serviço;
... Desisti de me mudar pra Londres;
... Perdi e achei meu passaporte na Disney;
... Achei R$ 50 no chão;
... Fui ao um show da Zélia Duncan sem pagar;
... Entrei em um salão e cortei o cabelo curto sem pensar duas vezes;
... Comemorei meu aniversário em uma boate: chamei 20 pessoas, foram 5;
... Expulsei um manobrista do meu carro;
... Troquei o Flamengo pelo Vasco;
... Saí sem pagar pelo cachorro-quente. Lembrei no meio do caminho de casa, voltei e paguei. E o cara nem tinha percebido;
... Chorei e fiquei de mau-humor quando o Brasil saiu da última Copa;
... Assisti Friends milhares de vezes e morri de rir todas elas;
... Decidi que vou ser feliz.

segunda-feira, abril 14, 2008

Tic-Tac

(Esse é o post nº 100!)

Com o tempo percebemos o que realmente importa na vida. As pessoas, as lembranças. A boca fechada (ou a língua solta), as atitudes, a ligação ou a mensagem de texto. As histórias.

Aprendemos que estar presente não significa necessariamente se falar a toda hora, e que simplesmente estar no momento necessário é tudo. Que perder alguém dói, e que a saudade fica pra sempre.

Que amor não se demonstra só com palavras. Que presente não é pra ser dado apenas em ocasiões especiais. Que nada vale mais do que ser você. Que não dá pra estar em todos os lugares sempre.

Que relacionamento não é prisão. Que educar não é passar a mão na cabeça. Que família é tudo. E amigos são mais ainda.

Que o amanhã pode chegar a qualquer momento. Então, é melhor aproveitar.

quarta-feira, abril 09, 2008

Três letrinhas

Ah, os 30 e poucos anos... Como é bom sair com as amigas da infância e morrer de dar risada com as histórias de ontem e de hoje. As de hoje principalmente, que estão cada vez mais vergonhosas. Ui!

Ontem, em mais um encontro das amigas do colégio, fomos perturbar os consumidores de um restaurante japonês conhecido da cidade. E perturbar é a palavra, porque as gargalhadas estão ficando cada vez mais altas com o passar do tempo.

As gargalhadas mais altas e as memórias, mais apagadas. Cheguei ao restaurante e quatro de nós já estavam lá (éramos sete), ocupando a mesa que reservei. Solícito, o garçom se aproxima e pega as fichinhas repletas de pedidos de sushis e sashimis para mulheres famintas. “Gil, traz uma coca light com gelo e limão”? “Gil, traz molho teriaki”? E o “Gil” trazendo tudo, com um sorriso no rosto, como se estivesse em seu próprio harém. E o tempo passa...

Até que, na metade da noite, uma de nós – que chegou por último – vai fazer o pedido e pergunta quem é o garçom que está nos atendendo. “Aquele ali, o Gil”, responde alguém. “Gil? O nome dele é NEY! Meu Deus...”

Ai, que vergonha! Ai, que vergonhaaaaaaa! Passamos a noite toda chamando o moço de Gil, tadinho. “Ah, eu só lembrava que o nome dele tinha três letras”, justificou-se a balzaca na TPM que confundiu a todas nós – de tão 'íntima' que estava do garçom, todas achamos que eles eram 'chegados' um do outro, tipo amiguinhos. Quer dizer que ela podia ter se lembrado que era Ney, mas não. Pensou em Gil, pensou em Rui... Rui!

Só faltou chamarmos ele de Ana. Também tem três letras!

sexta-feira, abril 04, 2008

Quando um homem ama uma mulher

Dizem por aí que um homem apaixonado é capaz de tudo pelo objeto do seu amor. Tudo de bom, claro. Mas, prezadas leitoras, esta é mais uma história daquelas que só acontecem comigo, então... Como não pode deixar de ser, este é mais um capítulo do caso de amor que Murfy tem com esta que vos fala. Tudo aconteceu na última terça-feira. Esperava um dia normal de trabalho, meio corrido, mas aceitável. E é bem nessas horas, quando a gente acha que está tudo bem, que a merda fede.
Peguem a pipoca!
Cena 1
Primeiro, a reunião que eu tinha meio-dia foi transferida para as 13h. Ou seja, nada de almoço. Tudo bem, comer engorda e eu tô entrando em forma. Mas a bosta da reunião durou mais do que esperado e f... o resto do dia. Saí correndo de um emprego para o outro, mega atrasada. Chego lá embaixo de um calor daqueles de Brasília, por volta das 15h30, e encontro o prédio evacuado. Um gás misterioso invadiu o ambiente e tava todo mundo do lado de fora, naquele esquema “você não pode trabalhar, mas também não pode ir embora”, sabe como é? Enfim, resolvi abstrair e fui comer o pior sanduíche da minha vida. Corta! Volta pro estacionamento.
Cena 2
Cansada de esperar uma solução para o gás, fugi para casa porque precisava publicar uma matéria e revisar outra. No sossego do lar, o cachorro pede desesperado por um rolé de coleira. “Vou dar uma volta com o cachorro, deixa o portão aberto”, gritei para a passadeira, que estava de saída. Já deu pra ver no que deu? Ainda bem que o muro é baixo e o vigia é gente boa e ágil.
Parênteses: Existe uma chave escondida para esse tipo de confusão. Chave essa que eu nunca lembro que existe. Pra quê facilitar se dá pra complicar? Prova de amor, né, gente?
Grand finale
18 horas. Matérias devidamente publicadas. “Ah, vou descansar”. Toca o telefone. “O prédio foi liberado, volta pra cá.” Manda quem pode, obedece quem quer dinheiro no fim do mês. Quase chorando, sigo de volta para o trabalho enquanto o resto da cidade segue para casa. Pelo menos pego o fluxo contrário do trânsito. Chego esbaforida e aí... “O prédio vai ser evacuado de novo, pode ir embora”. TU TÁ DE SACANAGEM, NÉ? Gritou a insana dentro de mim. Como se minha gasolina fosse aquilo que sai do bebedor.
Carro. Trânsito. Dor na cabeça, nas pernas, nos pés. Ensaio até meia-noite. E mais um capítulo da minha corrente história de amor.

segunda-feira, março 31, 2008

A La Capitão Caverna


Já tinha afirmado e reafirmado aqui neste espaço que eu não tenho vocação para mulherzinha. Mesmo assim, de vez em quando procuro ver se evoluí nesta questão e me desafio a vencer alguma batalha. Sempre perco, é lógico, e me convenço mais um pouco de que não nasci para certas atividades voltadas para as pessoas XX.

Meu último desafio consistiu em secar minha franja. Sim, minhas colegas de auditório, uma besta franja me derrubou. Munida de secador potente e um conjunto de escovas que adquiri para este fim específico, lá fui eu dar um trato no visual. Ó, ilusão! Fico com vergonha de mim mesma. Ainda bem que meu espelho não fala. Ia ser constrangedor.

O pior é que todo mundo que já mexeu no meu cabelo me fala a mesma coisa: “seu cabelo é fino, deve ser super fácil de secar”. Nã-nã-nã. Fácil para as mulherzinhas espalhadas pelo mundo, missão impossível para esta que vos fala. É mais fácil me enforcar no fio do secador do que conseguir secar minha franja. E olha que estamos falando de duas mechas de cabelo. Não vou nem entrar na questão da juba por inteiro.

Totalmente contra escovas progressivas e afins, que me deixariam como o cigano Igor – aquele que tinha sempre a mesma cara, independentemente da situação (quem não se lembra do “Dara eu te amo”; “Dara, eu te odeio”, com a mesma expressão?) -, fico aqui com meu visual Capitão Caverna e procuro ser feliz assim. Afinal, todo mundo sente saudades dos anos 80, não é mesmo?

segunda-feira, março 24, 2008

Confissão

Venho, por meio deste, confessar aqui meus pecados. Não sei que tipo de penitência terei, mas, já imagino que irei sofrer. Pequei contra mim mesma, e isso não é nada bom.

Tinha prometido que não iria cair mais nesse tipo de tentação. Mas você estava lá, lindo e gostoso como sempre e, depois de tanto tempo sem te ver, bateu saudade. Você ficou me tentando, passando para lá e para cá, desfilando como quem não quer nada. E você sabe muito bem que eu adoro você, não resisto nunca. Nem a você e nem aos seus amigos. Pequei, e pequei com excesso.

E eu que estava indo tão bem. Já tinha criado uma espécie de couraça contra você. Nem nesta época, em que estás tão no auge, eu fui atrás. Fiquei na minha, me fazendo de morta. Mas você veio de mansinho, e me tirou do sério. E agora vou sofrer por causa daquela vagabunda enérgica que sempre está com você, porque ela vai vir atrás de mim. E eu odeio este tipo de exposição.

Tudo por sua causa, brigadeiro safado!

sexta-feira, março 14, 2008

Imagens e palavras



Beleza




Sossego




Descanso



Férias

terça-feira, março 11, 2008

As princesas e a plebéia

Seguindo dica mais que sensacional de uma amiga mais que sensacional, passei minhas férias – merecidas, esperadas e curtas – em um spa na beira da praia, no litoral mais lindo do país: Maragogi (AL). Além de descansar (objetivo 1), pegar muito sol (objetivo 2), e emagrecer (objetivo 3), conheci pessoas que me provaram que o mundo é grande, e está recheado de gente sem-noção.

Não sei se foi depois da divisa Pernambuco/Alagoas, depois de entrar no resort ou depois de entrar no restaurante, mas em algum momento em devo ter passado por um portal que me levou para a ilha da Barbie. Tirando três coleguinhas que, junto comigo, pertencem à classe “gente que rala” do país, o resto das spasianas eram mulheres que deixariam qualquer editor de coluna social feliz para o resto da vida. Gente que é PhD em spa, esposas de donos de redes de postos de gasolina, fazendas, lojas. Mulheres que realmente acreditam que procedimentos estéticos são a solução de todos os problemas do mundo. Fome? Cirurgia bariátrica. Saúde? Lipoaspiração. Economia? Spa (assim elas ficam mais 'bonitas', os maridos mais 'apaixonados', e as bolsas Louis Vuitton mais cheias de dinheiro para ser desperdiçado). E no meio disso tudo EU, trabalhadora assalariada, que vai pagar a viagem em parcelas e que, segundo a Miss Bundão – uma das mulheres mais sem-noção que conheci – não tenho problema com peso, apenas gordura localizada. “Você devia fazer uma lipo”, ela me aconselhou. Entendi porquê conselho não se vende, ela ia morrer com a mercadoria encalhada.

Mas, tirando a gaiola das loucas, valeu a pena conhecer um pedaço do paraíso na terra. Recomendo.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Tempestade antes da bonança

Segunda-feira: uma lembrança do dilúvio bíblico resolve dar as caras na cidade bem na hora que eu saio do trabalho para fazer uma entrevista. Conseqüências: levo 1h20min para percorrer um trajeto reto de uns 20km; saio da entrevista e pego o rumo de casa, só para descobrir que o tempo mínimo para atravessar a Ponte JK é de uma hora; ligo para casa e descubro que, devido às chuvas, não tem luz; as ruas alagadas sujam meu carro que estava lavado e me dão certeza de que meu 1.0 é anfíbio. Procuro refúgio no McDonalds da 405 sul, já que não tinha mais para onde ir. Mais conseqüências: a gordura que eu ingeri vai toda para o meu quadril, com certeza. Minha nutricionista vai me matar, minha massagista vai me bater, literalmente. Chego em casa às 21h15 – mais de doze horas depois de ter saído -, praticamente junto com a energia elétrica.


Terça-feira: acordo e não tem água para tomar banho. Meu padrasto chamou uma firma para lavar a caixa d'água e, para completar, acabou com a água - no próprio banho - que restou na caixa depois que ele fechou os registros. E me dá a notícia com um sorriso no rosto, como se tivesse graça você acordar para trabalhar fora o dia todo e não poder tomar banho antes de sair. Conseqüência: tive que tomar banho na casa de uma amiga solidária, que ainda me deu café da manhã. Pelo menos uma notícia boa. Fim do dia, uma dor de cabeça terrível. E eu ainda tenho ensaio das músicas que vou cantar em um casamento em abril.


Quarta-feira: depois de trabalhar o dia todo, fui cobrir uma reunião agendada para as 19h. Que começou às 20h30. Acabou às 21h40. Dilúvio bíblico na cidade, parte II. Guarda-chuva de bolsa: prático de carregar, uma merda de usar. Encharcada, chego em casa às 22h. Produção da matéria (leia-se escrever, aprovar, arrumar foto e publicar tudo no site) até 23h. Agora sim: banho e jantar. Amanhã tem mais!

Quinta-feira: depilação às 8h30 da manhã, cobertura de assembléia de servidores às 10h, produção de matérias. Almoço, shopping e mercado, dilúvio III e, finalmente, casa. Para dar início à fase da bonança.

Sexta-feira: aeroporto. Praia. Por uma semana.

Beijo e tchau. Férias, uhuuuu!!!

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Raio X

Estatura mediana, cabelo castanho escuro com resquícios de vermelho. Olhos castanhos com miopia, astigmatismo, ceratocone e lentes de contato. Sorriso torto. Barriga que cisma em aparecer, bunda que tem diminuído, quadril herança de família. Pés lindos. Coração do tamanho do mundo - para quem o conquista. Cabeça dura. Boca que fala pelos cotovelos. Ombros amigos. Mãos que ajudam. Ouvidos abertos. Gênio forte. Pavio curto. TPM visível. Riso frouxo. Bom-humor. Um pouco louca. Cantora de igreja. Madrinha de casamento. Jornalista. Membro do orkut. Cinco endereços de email. MSN e GTalk Dois celulares. Palm. Ipod. Internet o dia todo. Lost. Grey's Anatomy. C.S.I. Desperate Housewives. Friends, sempre. Big Brother. Livros. Finais de semana tranqüilos. Comida japonesa, chinesa, mexicana, americana, brasileira, espanhola. Doce. Chocolate preto e branco. Sorvete de morango. McDonald's. Milkshake de ovomaltine. Bebidas light. Chopp. Cerveja. Smirnoff Ice. Aparelho na infância. Gorda. Magra. Gorda. Magra. Milhares de matrículas em academias. Sedentária. Dois empregos. Muitos amigos. Algumas perdas. Choro. Dor. Otimismo. Alegria.
Feliz.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Como Vanessa da Mata

Eu quero um amor de cinema. Chamem-me de ridícula, mas eu quero. Cansei dessas histórias que já começam com cara de fim. Cansei desses caras que só querem você para ser mais um número na lista de conquistas.

Cansei de gente me dizendo para sair mais, trocar de amigos, fazer mais cursos e etc. Como se essas fossem soluções viáveis. Pfff...

Já decidi: um dia eu vou pra Irlanda. Tenho certeza que o homem da minha vida está lá. O lugar é lindo, a cerveja é boa... Tá bom, confesso que minha fantasia começou depois que assisti ao filme P.S., Eu Te Amo. Mas já que eu quero um amor de cinema, nada melhor do que me deixar iludir por um filme mega mulherzinha recheado de homens maravilhosos, não é mesmo?

E por falar em cinema, esta semana vai sair um filme com um quê de parecido com a minha vida. Vestida para Casar conta a história de uma bela moça que já foi madrinha de casamento 27 vezes e que dá uma pirada quando a irmã mais nova casa antes dela.

Eu já fui madrinha 5 vezes (e a sexta virá este ano) e minha irmã casa ano que vem. HPAP, aqui vou eu!

Segue o trailer de P.S., Eu Te Amo.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Para o meu pseudo

Essa cartinha eu escrevi para o João, no dia que eu soube que ele estava vindo aí...

Acabei de saber da sua existência, e as lágrimas escorreram como se você fosse meu. Claro que, na fila de pessoas felizes estou atrás de pais, avós, tios. Todos já aguardando que você fique bem quietinho aí e que só saia no momento certo.

Você ainda é um ‘cabeça de alfinete’, mas sua torcida já é imensa. Se você soubesse... Nem imaginas, mas és um capítulo tão lindo quanto a história de amor da qual fazes parte.

Por isso, ‘guenta aí, viu? Se aconchegue nesse colo que é só seu, e que está pronto para te proteger, te guardar, te fazer crescer saudável. Se segura forte e diga não às probabilidades negativas. Mostra para todo mundo que para tudo tem jeito nessa vida. Que o retrovertido assusta, mas que você não está nem aí.

Venha, mas venha com calma, sem pressa. Não vamos a lugar nenhum sem você, meu pseudo-sobrinho-afilhado.

Já te amo.
Beijo

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Efeito Murfy

E eu reclamando da falta de feriados no segundo semestre...

Neve deixa milhões sem energia e transporte no sul da China
Folha online
Milhões de chineses sofrem com a falta de água e energia elétrica e estão sem transporte devido às tempestades de neve que paralisaram várias regiões do sul do país nos últimos dias.
Cerca de 50 pessoas morreram devido ao mau tempo --25 delas em um acidente de ônibus em uma estrada coberta de neve perto da cidade de Sanhe (sul) nesta terça-feira.
O caos atinge o país durante o único feriado do ano, enquanto chineses tentavam viajar.
Uma multidão que aguardava debaixo de chuva em estações de trem e ônibus na Província de Guangdong (sul) foi alertada por autoridades locais para abandonar os planos de viajar até as cidades de origem para se reunir com as famílias para o feriado do Ano Novo chinês.
Para milhões de trabalhadores, o feriado é a única chance do ano de rever os familiares.
"Eu não consegui comprar passagem, mas espero que muita gente desista para que agora eu consiga", disse Ding Ming, um dos que aguardavam na multidão que se formou na região. Ele tentava pegar um trem para chegar até sua cidade, Chongqing, e rever a mulher e o filho.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, pediu desculpas à população pelo caos. Ele utilizou um megafone para se dirigir a passageiros presos na estação de Changsha (sul). Nesta quarta-feira, ele visitará Guangzhou para oferecer palavras de conforto à população.
"Vocês vêm enfrentando muitos problemas", disse Wen à multidão presa na estação.
Rodovias e linhas férreas bloqueadas pela neve causaram atraso na entrega de carvão, causando falta de energia elétrica em 17 das 31 Províncias da China.
Os esforços para a retirada da neve são dificultados com a falta de solventes químicos, com produtores do norte do país --que não é atingido pela neve-- impossibilitados de enviar os carregamentos para o sul. Algumas áreas não possuem equipamento para retirar a neve.
Mais de 5 milhões nas Províncias de Hubei, Guizhou e Jiangxi sofrem com a falta de água.
Algumas regiões de Guizhou ficaram duas semanas sem energia elétrica, segundo a Xinhua.


quarta-feira, janeiro 16, 2008

Arquitetura capilar


Nunca pensei que existissem tantas opiniões distintas sobre duas tiras de pêlos. Fazer as sobrancelhas tem se transformado em um curso intensivo de desenho capilar. Eu, que nunca me preocupei muito com isso – ficava feliz em tirar o meio que teima em transformar-me em uma pessoa com monocelha e os excessos acima da pálpebra -, agora tenho que me preocupar com o formato das benditas. Logo eu, que não entendo nada dessas coisas tão ‘mulherzinhas’.

Para piorar minha situação, a sobrancelha direita é igualzinha a de papai e tem um bico pontudo que insiste em fazer parte do meu visual. Pobres ‘fazedores de sobrancelha’... Deixar meu rosto com medidas simétricas deve ser muito chato para eles.

E as lendas? “Se fizer com cera, cai a pálpebra”. Been there, done that. Minha pálpebra é caída porque eu tive paralisia facial quando era pequena, e não por causa da cera. “Se tirar com pouco intervalo de tempo, sua sobrancelha não cresce mais.” Só se for com pouco tempo de vida! Tenho um primo que arrancou as dele com chiclete quando tinha 3 anos e elas nunca mais cresceram. Nem com a puberdade. Ele é um sem-teto ocular.

Minha mais recente missão consiste em deixar as minhas crescerem o máximo que eu puder, para atingir um nível de satisfação aceitável. Vamos ver quanto eu agüento. Portanto, se vocês me encontrarem na rua parecendo uma mulher das cavernas, não se assustem. É tudo pelo social.

terça-feira, janeiro 08, 2008

E lá vem os 31

Uma grande amiga me disse uma vez que fazer 30 anos era legal, mas que os 31 eram melhores ainda. E os bons ventos que têm soprado me fazem acreditar que isso é verdade.

À beira dos 31 anos, me sinto feliz em vários aspectos e já enxergo as novidades que este ano me trará: vou comemorar meu aniversário cercada de amigos, pessoas que amo estão grávidas e vão me dar ‘sobrinhos’ lindos, entrei o ano sem dívidas, estou mais magra, tenho uma irmã médica... E mais um monte de coisas boas!

Viva os 31!