
Tarde de segunda-feira. Clima ameno, brisa suave. Próxima à piscina, me preparo para a terceira, última, e mais importante etapa do Projeto 31 (ou o que chamo carinhosamente de ‘minha operação tapa-buracos’): a massagem. Já voltei pra academia, já fui à nutricionista e, com a massagem, espero conseguir me livrar de muitas das malditas celulites que habitam meu corpo.
“Vou fazer uma massagem no rosto pra relaxar”, avisa Rosa, minha massagista. Percebo que o céu é logo ali. Cabeça e rosto relaxados, ela desce para os pés. Paraíso! Por que eu demorei tanto tempo para investir em mim, só o gerente do meu banco sabe. Mas, agora que posso arcar com tais despesas, sai de baixo.
Sai! Sai de baixo! Meu Deus, porque as coxas doem tanto??? Estava tudo muito bom para ser verdade. Depois de pés e batatas das pernas, chegou a vez das coxas, onde está a maior concentração de celulites que um corpo movido a Coca-Cola há quase 30 anos pode ter. “Gente, é muita dor! É muito sofrimento”, gritam internamente minhas coxas. A culpa é delas, lógico, que ficaram guardando celulites e gorduras como se fossem badulaques. “Tá doendo muito”? Acho que Rosa viu minhas caretas de dor. “Um pouco. Suportável”, disse eu, dando uma de durona e pensando na utilidade das coxas. Para quê temos duas?
Duas coxas, duas bundas (ou duas metades de uma bunda, que seja). O dobro de dor. Graças a Deus a barriga é uma só. Mas tudo dói.
Finalmente, costas e ombros, que não acumulam gordura. O famoso “bate e assopra”. Afinal, alguma coisa boa tem que ficar na memória para a próxima sessão.