
Feliz 2007 pra todos nós!
P.S.: Se esqueci de alguém, me perdoem. É a idade!
As neuras, as histórias e os sentimentos do antes, durante e depois dos 30 anos
No dia 30 de dezembro de 2004 eu perdi uma grande amiga. 14 anos de amizade foram interrompidos por um acidente automobilístico estúpido.
Cinco minutos antes de receber o telefonema que me avisaria da tragédia, eu estava no orkut, na página dessa minha amiga, deixando uma mensagem de feliz ano-novo. Não sei se porque já era tarde da noite, não sei se porque a gente acha que os computadores e seus recursos são ‘tudo-de-bom’, estava deixando uma daquelas mensagens/desenhos do orkut que você copia e cola pra todo mundo e depois considera o serviço feito. Até que o telefone tocou. E quando o telefone toca à meia-noite, a primeira coisa que a gente pensa é que alguém morreu. Dito e feito.
Depois desse dia, passei a repensar minhas atitudes nos meus relacionamentos com família e amigos, principalmente. Eu sou da turma que não diz ‘eu te amo’ a qualquer hora e nem pra qualquer um. Quando eu digo, é pra valer. E eu não disse isso pra minha amiga. Posso ter dito umas vezes durante todo o tempo que nos conhecemos, mas queria ter dito mais. Queria ter a certeza de que ela sabia o tanto que era importante pra mim, mesmo com a distância que a ‘vida de gente grande’ tinha instalado entre a gente. Eu acompanhei o casamento, o divórcio, o nascimento dos filhos, ou outros relacionamentos. Achava que isso bastava pra ela saber o lugar dela na minha história. Talvez sim, talvez não. Mas perdi várias oportunidades de deixar esclarecido. A gente tem mania de tomar as pessoas como garantidas na nossa vida pra sempre. E foi com muita dor que acompanhei o adeus a ela e ao filho mais novo.
Depois desse acontecimento passei a dizer eu te amo com mais freqüência. Para a minha família, para os meus amigos. Sem vergonha. A gente nunca sabe o dia de amanhã.
Lei da Física: tudo o que sobe, desce.
Lei da natureza humana feminina: tudo cai um dia. Culpa de quem? Da gravidade.
Não tem jeito: é peito, é bunda, é barriga. Tudo vai apontar pra baixo. Mas nem tudo está perdido. Enquanto as outras coisas caem, o cérebro humano se desenvolve e a humanidade cria artifícios para retardar o efeito da gravidade.
O mais simples de todos é a academia. Malhar diariamente adianta, sim. Eu sou uma que tenho descoberto isso ultimamente. Descobri tarde demais, mais ainda tenho alguma salvação, espero.
Outra coisa sensacional é a tal da calça jeans com stretch. Para fugir das famigeradas calças da Gang, a indústria têxtil lançou essas maravilhas que deixam tudo no lugar certo. Tem também os super sutiãs, que valorizam os decotes como nunca.
Para as mais cheias de dinheiro, coragem e pressa, a solução é entrar na faca. Para quem duvida das maravilhas das cirurgias plásticas, aconselho uma bisbilhotada em qualquer foto da Sonia Braga. Ou, pra fugir das fotos produzidas, um capítulo da novela das oito. É de dar raiva o tanto que a mulher está bonita.
Enfim, enquanto não tenho nem coragem nem dinheiro, apelo pra academia combinada com jeans&lycra. Mas nem tudo está perdido. Minha irmã será cirurgiã um dia e me livrarei do meu famigerado quadril. Por que, pra isso, não tem malhação que dê jeito.